quinta-feira, 29 de maio de 2008
2º VISITA DE SIFU E SISOK A ANGOLA
o BLOG DO PEREIRA mais uma vez ultrapassa as fronteiras do território tupiniquin e traz fotos diretamente de Angola.
Como todos sabem, há um bom tempo, nosso querido irmão kung fu, William Franco
, com a cara e a coragem foi para Angola, a fim de trabalhar como dentista. Hoje podemos dizer que ele está cumprindo este objetivo muito bem por lá, e também já faz um tempo, que o carismático William com sua sempre presente paixão por artes marciais, em especial o Ving Tsun, convidou Mestre Julio Camacho para uma visita ao país e estudar a possibilidade de introduzir o Ving Tsun por lá. O que seria um ato pioneiro.
Na ocasião, Sisok Felipe Soares acompanhou Sifu.
Sifu não só visitou o país, como deu as primeiras sessões de Ving Tsun da linhagem Moy Yat em solo Angolano pelo que se sabe. E tivemos também, a primeira cerimônia tradicional de passagem de nível naquele país, que foi quando William Franco passou do Siu Nim Tao para Chum Kiu. Esse momento foi registrado, e está num quadro na parede do Mogun, junto aos demais quadros de Cerimônias Tradicionais.
Passados uns meses, Sifu retorna com Sisok Felipe, para dar continuidade a essa maravilhosa missão, e foi com muito carinho, que mandou algumas fotos para que todos através delas conseguissem visualizar o minimo possível, o que tem vivenciado nos últimos dias...
A despedida no aeroporto. Na foto vemos da esq. para a direita: Thiago Silva[Moy Chi Yau Si], Sisok Felipe Soares[Moy Fei Lap], Sifu Julio Camacho, Carlos Antunes e Cláudio Pamplona.
Uma foto deveras interessante: Nela observamos Sifu já em território Angolano, ao lado do desbravador,dentista e irmão kung fu William Franco. Porém não paramos por aí. Reparem que o visual lembra muito bairros do suburbio do Rio, e o mais legal, que foi uma dica de Sifu para mim ao enviar a foto: prestem atenção as rodas dianteiras do veículo.. hehe
Foto Sifu>Todai em Angola.
Uma foto histórica com certeza. Observem Sifu de chinelo abaixo do quadro de Sitaigung Moy Yat, enquanto observa algum praticante local executando os movimentos do Siu Nim Do. É a história começando a ser escrita..
Imagem registrada no segundo dia de viagem..
Num local de visual muito bonito que se utiliza de motivos locais para decoração, Sifu e Sisok Soares com uma calça super maneira, relaxam talvez aguardando o inicio de mais uma atividade ou ao final desta..
Bom pessoal,
As fotos vão sendo postadas a medida que a conexão de Sifu permitir que ele envie mais fotos..
Espero que tenham gostado.
Porém ainda não acabamos, já que hoje, dia 29 de Maio, um grande amigo e Sisok, completa mais um ano de vida..
Sisok Diego[Moy Dai Lap] na noite autógrafos do livro de sua autoria: GRAVURA,A bela arte.
Praticante desde 2000, Sisok é um dos membros da Família Moy Yat Sang mais marcantes.
o BLOG DO PEREIRA deseja um feliz aniversário ao Sisok Diego!!!
Moy Fat Lei
colaboração: Paula Gama[Moy Gam Ma]
terça-feira, 27 de maio de 2008
PARABÉNS
Na nova coluna `HAPPY BIRTHDAY´ do BLOG DO PEREIRA, é dia de celebrar o aniversário de Marcos Leiras.
Marcos que é membro da Família Moy Jo Lei Ou desde 12 de Março de 2007, completa mais um ano de vida nesta Terça feira, 27 de Maio.
Parabéns Marcos!!!
Este post teve a colaboração de Paula Gama, Moy Gam Ma.
Marcos Leiras treinando na praia durante a última vinda de Sigung Leo Imamura.
sábado, 24 de maio de 2008
ENTREVISTA: LEONARDO REIS
Membro desde 1998, esse Sihing é muito conhecido pelo seu grande coração e habilidade técnica! Fã de quadrinhos, deu de presente para seu Sifu, Mestre Julio Camacho, uma edição histórica de "CAVALEIRO DAS TREVAS".. um presente muito style! Ele também assistia Cavaleiros do Zodiaco nos intervalos de trabalho em meados da década de noventa, e era um antigo fã do seriado televisivo pouco lembrado MANIMAL!
O Blog do Pereira tem o orgulho de entrevistar ...
DAI SIHING* LÉO REIS!
BLOG DO PEREIRA: SIHING, poderia falar um pouco sobre você? Nome, idade, profissão,filhos,esposa...
Leo Reis: Meu nome é Leonardo Santos dos Reis, popularmente conhecido no Mo Gun por Leo Reis. Meu nome kung-fu é Moy Lei Wong. Estou atualmente com 39 anos. Sou casado há 15. Minha amada esposa se chama Cátia e temos dois filhos, Lucas com 10 anos e Luana com 7. Profissionalmente sou sócio de uma empresa (www.empresafacil.com.br) de software para automação de negócios, que fundei em 1995.
BLOG DO PEREIRA: Você já praticou alguma arte marcial antes do Ving Tsun? Quais?
Leo Reis:Pratico artes marciais desde os 8 anos de idade. Comecei, como toda criança da época com o Judô (como eu era bem gordinho e bem mais pesado que meus amiguinhos me dava super bem!). Depois, inspirado pelos filmes “faixa preta” que eram exibidos nas noites de terça na Rede Globo me apaixonei pelo kung-fu e comecei a treinar Karatê Shotokan, que foi o que achei pra treinar perto de casa (o engraçado que o professor insistia em “fingir” que era a mesma coisa que eu assistia na tv). Depois de algum tempo abriu uma academia com Shaolin do Norte próximo a minha residência e finalmente fui iniciado nas artes chinesas. Depois disso treinei vários outros estilos de kung-fu, como Tai Chi. Pa kua e Garra de Águia, além de outras artes como Aikidô, Jodô e Tae Kwon Do. Até “Wing Chun” em outra “família” cheguei a praticar um pouco.
BLOG DO PEREIRA:Por que não prosseguiu com elas?
Leo Reis:Algumas pratiquei por alguns anos (acho que nenhuma mais de dois) e outras por alguns meses, mas embora tenha gostado de praticar todas elas, sempre havia um momento em que eu decidia “dar uma paradinha para voltar depois”. Só que eu nunca voltava. Sentia sempre que precisava encontrar um lugar que eu realmente me encontrasse.
BLOG DO PEREIRA:Você é um dos membros mais antigos do Núcleo Rio de Janeiro, quando você ingressou na Família Kung Fu?
Leo Reis: Ingressei em oficialmente em agosto de 98 (vou fazer aniversário de 10 anos na família!)
BLOG DO PEREIRA: Você lembra dos seus objetivos quando ingressou na Familia?Hoje eles mudaram?
Leo Reis: Lembro-me bem do dia em que apresentei meus objetivos ao Sifu. Tinha acabado de assistir a um campeonato em que eu presenciei formas muito bonitas e artísticas, seguidas de umas lutas no melhor estilo “kickbox” que nada tinham a ver com a apresentação das formas. Tive certeza na hora que “os caras” treinavam uma coisa e aplicavam outra. Embora isso não se aplicasse diretamente a mim (se tivesse que lutar usava o kung-fu que tinha na época sem sombra de dúvidas) cheguei comentando isso, em tom meio indignado, com Sifu e que queria coerência entre a prática e a luta efetiva. Resumidamente meu único objetivo era lutar maravilhosamente bem, como nos filmes de minha infância.
Atualmente vejo que a luta por si só é até bastante divertida (pelo menos para mim), mas é apenas uma parcela mínima do que o Ving Tsun pode oferecer. Há alguns anos se eu tivesse entrado em uma briga e tivesse apanhado, ficaria muito frustado e provavelmente acharia que todo meu treinamento teria sido uma total perda de tempo. Hoje não penso assim, pois o VingTsun me dá muito mais que a capacidade de vencer uma luta (e olha que ele me dá isso em uma amplitude que jamais poderia imaginar), portanto se tomasse uma surra ficaria certamente um pouco desapontado, mas jamais arrependido.
Para concluir, vou fazer um comentário que fiz algumas vezes no Mo Gun: Quando entrei, queria um filme de ação, em um cenário de artes marciais com pitadas de filosofia e cultura oriental, hoje aprecio cada vez mais o filme filosófico e cultural, mas com ótimas cenas de “ação kung-fu”.
BLOG DO PEREIRA: Como foi o seu inicio?
Leo Reis: Lia sempre sobre a Moy Yat Ving Tsun na revista Kiai e visitei o antigo Núcleo Jacarepaguá na Tindiba. Assisti a uma apresentação individualizada e fiquei muito impressionado. Mesmo assim fiquei dois anos para retornar, pois achava o local um pouco afastado ...
Quando voltei comecei tendo sessões privativas em casa, pois o Lucas tinha meses de vida, eu achava que trabalhava demais e continuava achando Jacarepaguá muito longe. Sifu aceitou essa minha condição, mas “misteriosamente” começou a ser substituído por um ou outro Sihing, que “misteriosamente” começaram a desaparecer também. Dentro de pouco tempo estava freqüentando o Mo Gun e entrando para a família ...
BLOG DO PEREIRA: De todos estes anos, consegue lembrar de algum fato marcante,engraçado? Quais?
Leo Reis: Já que falamos do meu início vou falar da minha “apresentação individualizada” feita pessoalmente pelo Sifu.
Na realidade não foi tão individualizada pois levei meu sócio Artur junto comigo e portanto éramos dois para conhecermos o Ving Tsun.
A apresentação foi um verdadeiro show e me lembro de três momentos que ficaram marcados na minha memória até hoje.
No primeiro Sifu tocou em um ponto próximo a meu ombro e me pediu para que eu protegesse essa área, pois ele iria tentar atingi-lo. Seria fácil com toda minha experiência em artes marciais. Não defendi um golpe sequer.
Impressioando pela derrota física, Sifu comentou sobre pessoas que passam anos fazendo exercícios respiratórios (conhecidos como Chi Kung) para desenvolver habilidades sobre-humanas, entre elas a de “enraizamento”. Fizemos um teste de tentar manter o pé no chão, sem sucesso. Segundos depois, após uma brevíssima explicação, os pés do Artur pareciam colados no chão(ao lado do meu queixo que havia caído por lá) .
Para terminar Sifu dividiu um quadro banco em quatro setores e perguntou em qual quadrante escolheríamos golpear. Mal tinha escolhido, ele me perguntou se seria no de número 3. Assustado, assenti com a cabeça enquanto o Artur falava que tinha escolhido esse mesmo setor. Teríamos sido vítimas de alguma técnica secreta de hipnose chinesa?
Artur no dia seguinte, muito entusiasmado comprou o livro “A Arte da Guerra” e demonstrou em casa, com orgulho, as técnicas de enraizamento adquiridas em “anos” de treinamento. Apesar da empolgação ele nunca entrou para nossa escola, provavelmente desmotivado ao não do Sifu à pergunta “Ving Tsun emagrece?”.
Quanto a mim, precisava descobrir o que tinha acontecido naquele mágico dia. Estou tentando até hoje ...
BLOG DO PEREIRA:Qual foi a sua maior dificuldade como praticante no início?
Leo Reis: O Siu Nim Tão foi um nível muito tranqüilo. Eu cheguei em uma época em que a família estava reduzindo o tempo de permanência nos níveis e com a experiência corporal que já possuía, conclui o nível em tempo recorde.
Foi então que veio o Chum Kiu. Eu me lembro até hoje de sair do treinamento todas as vezes com dor de cabeça, pois fazia um esforço mental descomunal para coordenar os membros, tanto na forma como no Chi Sau, quase sempre sem sucesso . Não sabia o que era pior, se minha forma desengonçada ou o meu Chi Sau descoordenado.
Mas acho que o principal desafio era de como me enxergar, me encontrar e participar verdadeiramente da família kung-fu.
BLOG DO PEREIRA: E atualmente ?
Leo Reis: Continuo com um pouco de dificuldade de achar meu “ponto certo” dentro da família. Meu desafio atual é como posso agregar maiores benefícios à família Moy Jo Lei Ou de maneira “sustentável”.
BLOG DO PEREIRA: Você já teve que usar o Ving Tsun fisicamente fora dos treinos?Como foi?
Leo Reis: Uso Ving Tsun diariamente no meu trabalho, na educação dos meus filhos, em meus relacionamentos. Até em outras atividades físicas eu evolui bastante, mesmo praticando-as quase nunca. Como atacante no futebol, por exemplo, eu melhorei bastante (eu era horrível e agora sou só muito ruim). Enfim ele realmente norteia plenamente meu dia-a-dia.
Em termos de luta nunca utilizei e espero nunca ser incompetente o suficiente para ter de utilizar. Mas uma vez utilizei minhas habilidades de chi gerk para salvar minha filha de se bater muito feio de cabeça no chão. Ela tinha uns dois anos, ou um pouco menos, e se jogou pra trás de cima da cama de cabeça no chão. Eu estava deitado na cama e rapidamente lancei a perna “aderindo” ao pescoço dela e lancei-a de “cara” de volta na cama. Ela não se machucou, não chorou e nem ficou assustada, ou seja, operação realizada com sucesso! Desculpe mais foi o mais próximo do “já teve que usar o Ving Tsun fisicamente fora dos treinos” que consegui me lembrar ....
BLOG DO PEREIRA: Como você vê a sua relação com seu Sifu?
Leo Reis: Sifu é uma pessoa muito especial, com uma habilidade de se relacionar maravilhosamente bem com pessoas dos mais diversos perfis. Acho que nossa uma relação que evolui a cada dia e que flui com total naturalidade, num aprendizado continuo e intenso. Espero que ele também aprecie nosso relacionamento pois tudo indica que ele vai ter que me aturar a vida toda.
BLOG DO PEREIRA: Poderia falar um pouco de seu trabalho junto a Sisok Fernanda Neves com as crianças no Siu Ye Kuen aos Sábados?
Leo Reis:Nosso objetivo é utilizar o Ving Tsun como meio de desenvolvimento global das crianças, nos aspectos físico, emocional, intelectual e cultural. Daí o termo Siu Ye Kuen, que pode ser traduzido como arte marcial dos jovens senhores.
A grande diferença desse trabalho quando comparado com o sistema tradicional aplicado aos mais velhos, é que apesar dos nossos “jovens senhores” serem inicialmente menos amadurecidos nos campos mencionados, como contrapartida temos um terreno muito mais fértil para plantarmos.
Isso aumenta em muito nossa responsabilidade, pois temos de plantar as sementes certas, regá-las no tempo correto e direcionar os ramos que nascem todos os dias para o caminho correto.
É um desafio enorme, mas felizmente além da Sisok Fernanda, posso contar com os talentos de outros irmãos kung-fu, como você mesmo, Felipe Soares, Thiago Silva e Carlos Antunes, só para citar os mais “assíduos”.
Estamos sempre observando o que acontece e aprendendo em cada sessão, de forma que nossos dedos ficam cada vez mais verdes e nossas árvores cada vez mais frondosas.
BLOG DO PEREIRA: Você é o Dai Sihing da Família Moy Jo Lei Ou, como você enxerga essa sua condição?
Leo Reis: Como diria o Homem Aranha: "Com grandes poderes vem grandes responsabilidades". Procuro honrar ao máximo esse título, o qual tive o grande privilégio de receber, dando, dentro das minhas características pessoais, o que há de melhor de mim para com meus irmãos kung-fu e obviamente com o próprio Sifu. Para mim é um grande orgulho ser seu primeiro discípulo e fazer parte da história de um mestre que já escreveu seu nome na História do Ving Tsun. Vou continuar trabalhando para que ao longo dos anos essa escolha tenha realmente um saldo positivo e faça diferença na família Moy Jo Lei Ou.
BLOG DO PEREIRA:Defina em uma frase, como está sendo sua experiência no Baat Jam Do.
Leo Reis: Dilacera o corpo, flagela o cérebro, machuca a alma, corta (e perfura) seu coração!
BLOG DO PEREIRA: Sihing, agora é hora da... “ENIO´S QUESTION”*!!
Você já pensou em parar de treinar?Por quê?
Leo Reis:Nesses quase 10 anos, só me afastei realmente duas vezes, por mais ou menos um ano cada vez. Foi no nascimento da minha filha e no falecimento do meu pai. Mas mesmo assim estava convicto que eram apenas pausas necessárias. A única coisa que costumava me incomodar era a questão financeira, mas nunca o suficiente para me levar a pensar em parar de verdade.
Atualmente planejo treinar Ving Tsun até os 108 anos de idade, mas se morrer antes eu paro (pelo menos nesse plano).
BLOG DO PEREIRA: Como você se sente, coordenando o treinamento de seus próprios filhos: Lucas e Luana?
Leo Reis: Sinto-me extasiado. Todo pai gosta que os filhos compartilhem suas mesmas paixões. E quando essa paixão pode ajudá-los, de verdade, a serem pessoas melhores, é realmente indescritível.
BLOG DO PEREIRA: Deixe uma mensagem final para todos.
Leo Reis: Se estamos fazendo muito esforço para realizar algo, é por que ainda não conseguimos perceber o caminho fácil. E quase sempre a diferença entre a trilha árdua e a suave, reside não nas grandes coisas, mas sim nos detalhes. Um centímetro, um grau, um minuto, uma palavra, um telefonema, um gesto ou um sorriso podem fazer toda a diferença.
Dai Sihing Leo Reis(Moy Lei Wong) entre sua Simui* Katia Dantas e seu Sidai* Thiago Silva(Moy Chi Yau Si) aprecia uma conversa com Sigung* Leo Imamura no Mogun.
A grande habilidade de Sihing Leo Reis toda vez é colocada em pauta durante os treinos quando ele não está presente, ou mesmo em bate-papos informais. Os praticantes mais novos estão sempre comentando sobre suas façanhas as Terças e Sextas pela manhã quando está no Mogun para treinar. Sempre tem alguém dissertando sobre o quanto foi significativo treinar com ele..
Na verdade pra mim já está mais do que certo que o Sihing alcançou o "sétimo sentido"*..rs
Dai Sihing e Moy Fat Lei num Yam Cha em 2005 com Sigung Leo Imamura.
A ´dupla de ouro´ do Siu Ye Kuen na Barra da Tijuca, que juntamente com Carlos Antunes, faz um trabalho magnifico com as crianças: Sihing Leo Reis e Sisok Fernanda Neves.
Símbolo de sua antiguidade, a antiga camisa branca da Moy Yat Ving Tsun vestia Sihing Leo Reis na praia da Barra, neste treinamento com o dedicado Claudio Pamplona.
cinco gerações representadas numa mesma imagem: Patriarca Yip Man[foto em p/b], Sitaigung Moy Yat [foto colorida] , Sigung Leo Imamura[de pé], Sifu Julio Camacho[sentado] e Dai Sihing Leo Reis. ´...O Ving Tsun vai bem no Brasil...´
O paparazzo do Blog do Pereira usando uma câmera com lentes dignas de grandes guerras, registrou a Família de Sihing Léo Reis completa no último dia 26 de Maio, durante a palestra de Sigung Leo Imamura e Sifu Julio Camacho na UGF unidade DOWNTOWN.
Da esq. p/ direita: Sra. Cátia, Sihing Leo e seus filhos e também praticantes: Lucas e Luana.
Prometemos fotos melhores no BLOG em inglês..
´...Acha que é o único super herói no mundo Sr. Tony Stark? Vim para falar do Projeto Vingadores...´[Samuel l. Jakckson para Robert Downey Jr. quote do filme Homem de Ferro]
BOM, ACHO QUE AGORA JÁ SABEMOS DE QUEM NICKY FURY ESTAVA FALANDO NÉ?RSRS
> ENIO´S QUETION: Este é um termo original da Família Kung Fu, que teve origem na querida pessoa do praticante Ênio nos tempos do Núcleo Jacarepaguá.
Esse Sisok, sempre fazia a mesma pergunta, que na verdade todos nós gostariamos de fazer tb, que era: ´VOCÊ JÁ PENSOU EM PARAR?´
Essa pergunta foi feita pro Sifu, Sigung e inclusive para Sitaigung Moy Yat em sua última visita ao Rio..rs
Devido a essa famosa pergunta, ela acabou ganhando um termo próprio..rs que vocês verão muito aqui na coluna.
E se quiserem saber a resposta de Sitaigung Moy Yat, procurem o Sisok Enio, pois será também uma grande oportunidade de conhecer uma pessoa muito especial.. hehe
Essa foi a primeira entrevista desta nova coluna.
Porém, haverão fotos inéditas e um texto original sobre esta mesma entrevista no BLOG em inglês [Peartree´s BLOG].
Lembro também, que vocês podem acessar através do canto superior esquerdo desta página, o BLOG da Sisok Inês Braconnot, sobre `Comida Viva´. É só clicar..
Também convido a todos a clicarem no mesmo local, na opção ´Desenhos do Pereira´. Onde terão acesso a um arquivo dos meus rabiscos on line.
Por enquanto é só..
Até a próxima e obrigado pela visita..
GLOSSÁRIO:
>SISOK: forma de tratamento utilizada dentro da Família Kung Fu, que pode ser interpretada como ´Tio mais novo´. Ou seja, é um praticante da mesma geração que seu Sifu[mestre] que começou a praticar depois dele.[ingressou na Família Kung Fu]
>SIHING: termo que significa ´irmão mais velho´. Se refere ao praticante de sexo masculino, que ingressou na Família Kung Fu antes de você.
>Família Kung Fu: Na China há uns anos atrás, era muito comum que o praticante fosse viver com seu mestre. Geralmente mais praticantes viviam na mesma casa, assim como a Família consaguinea do mestre. Por isso, o termo chinês ´Sifu´ é usado. Pois dentre suas interpretações, a mais comum é ´pai´. Pois neste tipo de ambiência, tantos os praticantes , como o Sifu e sua esposa, acabavam formando uma Família que tinha em comum a prática de determinada arte marcial. Até hoje, este conceito de ´Família´ é preservado dentro da Moy Yat Ving Tsun. Pois desta forma, num ambiente familiar, o praticante tem uma ambiência mais favorável ao seu desenvolvimento.
>Família Moy Yat Sang: Família liderada por Mestre Leo Imamura desde 1988 com Mogun em São Paulo.
>Simui: é a praticante que ingressou na Família depois de você, ou seja, sua ´irmã mais nova´.
>Sidai: o mesmo, só que referente ao sexo masculino.
>Sigung: é o Sifu de seu Sifu. Ou seja, o Mestre do seu Mestre. seu ´avô kung fu´
Moy Fat Lei
sexta-feira, 16 de maio de 2008
O QUE HOMEM DE FERRO E VING TSUN TEM EM COMUM.
Fiquei sabendo disso, quando o ator dando uma entrevista no programa LATE SHOW WITH DAVID LETTERMAN após ser perguntado sobre o que estava fazendo para recuperar a forma respondeu:
–Ving Tsun
–O que é isso? –perguntou Letterman
–Uma arte marcial chinesa.
–E vocês tem faixas? Você está em que faixa?
–Biu Je.
–Bill G.? Quem é Bill G.?
–Não , não é uma pessoa, é uma técnica.
Robert Downey Junior então fez alguns Biu Sao sentado na cadeira do programa, ao que David Letterman ao melhor estilo Jô Soares exclamou:
WOOOW.
A CBS é dona dos direitos deste programa no youtube, sendo assim vou ficar devendo o video pra vocês ok?
Mas seguindo adiante, o filho de Robert Downey, foi considerado o melhor ator de sua geração após interpretar Charles Chaplin no inicio dos anos 90 e concorrer ao Oscar, e também ganhou o Emmy como melhor ator de comédia na série Ally Mcbeal já no final da mesma década. Porém, se envolveu com bebidas, drogas e prisões, o que o levou ao fundo do poço literalmente..
Tony Stark, o homem que veste a armadura do Homem de Ferro, também é o mais louco dos heróis da Marvel, bebidas, armas,mulheres, e só não usa drogas porque se não as mães não comprariam as HQ´s pros filhos..
Devido a essa coincidência, muita gente ta dizendo que Homem de Ferro é uma cine biografia do Robert Downey Jr. só que com armadura.. hahaha
O diretor da película Jon Fraveau comenta numa reportagem do New York Times sobre a ressurreição de Robert Downey Jr. que ele levava Si-Fu Eric Oram, discípulo de Sitaipakung William Cheung, para os sets, e era comum toda a manhã ver os dois arrastando os móveis do trailer para praticar... maneiro.
Robert Downey Jr. bate papo com interessados em Ving tsun e convidados especiais, vestindo seu uniforme de treino.
Robert Downey Jr. ao lado do grande mestre William Cheung, discipulo de Yip Man e Kai Siu Yan de Bruce Lee.
O cara realmente nasceu pra ser Tony Stark..
tirando onda até quando foi preso.rs
Encerrando com uma foto em destaque de Robert Downey Jr. em seu próximo filme chamado: TROPIC THUNDER. Uma comédia ao lado de Jack Black e Ben Stiller, onde ele interpreta um ator de cinema negro que filmando um filme sobre o Vietnã se vê numa guerra de verdade.
Moy Fat Lei
quarta-feira, 14 de maio de 2008
SIU NIM TAO, JUST DO IT.
Olá a todos,
Fazendo minhas coisas aqui, e me preparando pra dormir nesta madrugada de Terça pra Quarta, notei um email do Sipagung Lester Lau, Moy2. Que dizia assim:
“ Please before you practice any Chi-Sao, warm up first by doing the first form (Siu Nim Tao). Please after you practice any Chi-Sao, cool down first by doing the first form (Siu Nim Tao). Please before you start work everyday, warm up first by doing the first form (Siu Nim Tao). Please after you work everyday, cool down first by doing the first form (Siu Nim Tao). Please if you want to be religious every Sunday, meditate first by doing the first form (Siu Nim Tao). After doing this note, I shall do my first form (Siu Nim Tao).
Thank you, Lester Moy2”
A tradução fica mais ou menos assim:
“ Por favor, antes de fazer qualquer Chi Sao, aqueça fazendo a primeira forma,Siu Nim Tao.
Por favor, depois de fazer qualquer Chi Sao, esfrie fazendo a primeira forma,Siu Nim Tao.
Por favor,antes de começar a trabalhar todo dia,aqueça fazendo a primeira forma,Siu Nim Tao.
Por favor,depois de trabalhar todo dia, esfrie fazendo a primeira forma,Siu Nim Tao.
Por favor, se você quer ser religioso todo Domingo, medite primeiro fazendo a primeira forma, Siu Nim Tao.
Depois de fazer esta mensagem, eu vou fazer minha primeira forma, Siu Nim Tao.”
Lester,Moy2.Queria dedicar esta mensagem principalmente a:
Moy Fat Lei
Moy Chi Yau Si
Nelson Carvalho
Luiz Evaristo
Arion Lucas
Gustavo Santos
Aline Lisboa
Bruna Lisboa
Katia Dantas
Priscila Borges
Felipe Mury
Guilherme Farias.
MOY FAT LEI
domingo, 11 de maio de 2008
FELIZ DIA DAS MÃES.
Sisok Ursula Lima segurando Rebeka ao lado de Sigung Leo Imamura, no último dia 26 de Maio.
Parabéns a todas as mães mais uma vez.
Moy Fat Lei
Xazz, all about Xazz...
Capítulo 3
Esse amigo, é o irreverente Fernando Xavier, ou simplesmente Xavier como muitos o chamam. Ele que na época era morador de Madureira, e cruzava cerca de 5 bairros de bicicleta para chegar ao Mogun e para voltar pra casa depois,o que inclusive despertou espanto em Sibaakgung Micky Chan quando esteve no Rio em 2004,o qual escreveu um email dando congratulações pela determinação ao Xavier.
Numa tarde, cheguei com minha bicicleta no Mogun, e estava apenas Xavier presente, que já me recebeu com um sorriso dizendo:“Cara, você perdeu... ”
Nos minutos seguintes, Xavier contou que um rapaz tocou a campanhia pois queria conhecer o Ving Tsun, pouco antes de eu chegar. Xavier conversou com ele, mostrou o video do Sigung que era exibido na época em VHS na Apresentação, e depois fez o que chamávamos mais pontualmente de Mogun Tour, que era um passeio com o visitante pelas dependências do Mogun, mostrando e comentando detalhes do que era visto. Xavier disse, que o rapaz tinha um comportamento estranho, olhando sério pra ele, com um ar meio sombrio, não sei.. E que quando ele foi mostrar um quadro pintado pelo Sitaigung que ficava na sala de treinos, notou que o rapaz havia parado de frente pra janela que dava pra rua, e olhava fixamente lá pra fora.. Xavier chegou perto e perguntou:
–Tá tudo bem?
–Tá vendo aquela árvore do outro lado da rua? –perguntou o rapaz.
–Tô sim.
–Eu vou mexer as folhas dela daqui.
–.................................
shuuuuuuu – um vento então bate e as folhas balançam. O homem então com ar de satisfeito olha pro Xavier com uma cara de Missão Cumprida, e a balança positivamente como quem diz: “Agora sim, prossiga... ”
Obviamente o vento segundo o próprio Xavier, o vento nada teve haver com poderes telepáticos..
sábado, 10 de maio de 2008
CAPITULO 2
Sifu propôs um Siu Nim Tao na velocidade de cada pessoa, e enquanto os praticantes o faziam, as esposas e crianças brincavam no mesmo espaço. Ainda estavam presentes, pessoas que faziam kupper ou caminhavam e paravam para espiar e perguntavam em sua maioria: É Tai Chi?..
Após esta prática, rumamos para a antiga residência da Sisok Inês Braconnot, onde seria oferecido um almoço para os presentes.
Antes do almoço, tive a oportunidade de treinar pela primeira vez com o Gerk Jong, mas acredito que não tenha conseguido tirar muito proveito na ocasião. Depois disso, foi que a situação mais interessante do dia aconteceu...
Sisok Inês, havia mandado fazer um Muk Yan Jong de fibra, e o instalou no seu quintal, preso pelo suporte a uma parede, ela comentou que ainda não havia usado, e nesse momento Sifu comentou:
–Bom né, tem que testar. Cadê o Thiagão? Se o Jong resistir então está aprovado. risos
Sendo assim, me posicionei diante dele , e comecei a sequência sob os olhares de todos, alguns inclusive curiosos pelas palavras do Sifu..
Moy Fat Lei executa a sequência do Muk Yan Jong observado pelo Sifu e pelo recém chegado a família Roberto Viana de óculos escuros.
Ok, algo precisa ser dito sobre este momento:
Em 1998 ao assistir Jackie Chan espancando o “ boneco de madeira” no filme “ Arrebentando em Nova York”(Rumble in the Bronx,1994 ), achei que quanto mais rápido e mais forte fizesse, melhor seria a perfomance devido ao que tinha visto no filme.. arffff.
E devido a essa maneira “Conan,O bárbaro” de executar a sequência, Sifu fez o convite.
Quando terminei, todos aplaudiram e Sifu andando ao meu lado comentou: “Muito bom Thiagão,muito bom mesmo”. E Sisok Ursula ainda perguntou: “Seu braço não dói não Thiagão?”
Ao que eu balancei a cabeça negativamente...
Bom, anos depois acompanhando o Sifu na sessão do Paulo Whilheneck sobre a mesma sequência do Muk yan Jong numa quinta a noite já no Núcleo Rio de Janeiro na Barra. Ouço Sifu comentar:
–Então cê vê né Paulo, o cara que bate forte no Muk Yan Jong, na verdade não sabe o que está fazendo, porque quando ele golpeia o braço com essa força, é como se cruzasse a linha central, e se fosse mesmo uma pessoa, olha o que fazia...
–Ué Sifu, mas há uns anos atrás na casa da Sisok Inês lembra? Você disse que eu fui muito bem , e eu fiz “fortão” a sequência... – Comentei eu inocentemente, ao que o Sifu respondeu:
– Pois é Pereira, vai ver eu estava te chamando de burro e você não percebeu...
( risos de todos )
COMENTÁRIOS:
A princípio pode parecer confusa a moral da história, mas a bem verdade, o que está “muito bom, muito bom mesmo” em um determinado momento, pode não ser o esperado para alguns anos depois.
Este filme supra citado do Jackie Chan, assim como tantos outros que exibiram os movimentos do Muk yan Jong nos filmes de Hong Kong, despertam nas mentes alheias a idéia de que quanto mais rápido e mais forte melhor, mas só um estudo mais profundo dos aspectos do Jong permite que se contemple mais possibilidades, e ainda assim, estudar todas da maneira mais coesa possível.
Quando o Sifu diz que está muito bom, e depois quando brinca comigo, poderia estar querendo me levar a ver que eram dois momentos e níveis diferentes, mas meu pensamento havia ficado congelado naquela manhã de Domingo..
SUGESTÃO:
Vocês vão perceber que no canto superior esquerdo, existem alguns links na coluna: AMIGOS DO PEREIRA
Lá tem a opção : DESENHOS DO PEREIRA
este é um site onde vocês podem encontrar meus ultimos rabiscos. Atualizei recentemente.. Visitem.
Obrigado a todos.
MOY FAT LEI
sexta-feira, 2 de maio de 2008
NEW LEGENDS OF KUNG FU MASTERS
Certa vez li no Mogun, um livro que sempre via no armário da 130 de autoria de Sitaigung Moy Yat, mas nunca sequer havia aberto. Porém, mal sabia eu que seria um dos livros mais legais e interessantes que já havia lido até então. O nome dele era A LEGEND OF KUNG FU MASTERS.. e contava histórias se bem me lembro, de praticantes de Ving Tsun da época de Hong Kong, e da visão de Sitaigung sobre os eventos que estes participavam, inclusive ele mesmo.
São pequenas histórias muito envolventes, daquelas típicas da Família Kung Fu que o Sifu conta num momento ou outro durante os treinos, ou mesmo na mesa do restaurante.
E com todo o cuidado, tomando a idéia emprestada, resolvi inagugurar hoje, uma versão com Novas Lendas, as quais eu vivi ou presenciei, mas com isso não me julgo um Kung Fu Master..rs é só mesmo um trocadilho com o título original.. e acho que não tem porque não ser interessante, relembrar histórias e eventos marcantes dos Núcleos Jacarepaguá e Barra da Tijuca. Além agora é claro ,das novas Unidades: Leblon e Méier.
A ilustração acima, foi também tentando remeter ao original que contém ilustrações, e nela podemos observar Moy Dai Lap Sisok e Moy Fat Lei,personagens deste digamos, primeiro POST do NEW LEGENDS OF KUNG FU MASTERS.
Por favor, aproveitem.
Iron Maiden e Ving Tsun
Num evento que ocorreu em 2004 aqui no Rio, Sigung Leo Imamura estaria chegando ao Aeroporto Santos Dumont as 17h30min de uma sexta, e Sifu pediu que eu e Sisok Diego,Moy Dai Lap, ficássemos responsáveis por recebê—lo no aeroporto e fazer o transporte até a Barra.
Encontrei com Sisok então as 15:30 na porta de seu prédio no bairro da Freguesia, e fomos até a garagem pra pegar seu carro. A tarde era de sol, e nós dois estávamos usando ternos.
Quando entrei no carro do Sisok, a primeira coisa que ele perguntou foi a seguinte:
—Thiagão, a gente ta com tempo, Linha Amarela ou Grajaú? —Perguntou Sisok se referindo a qual o melhor caminho até o aeroporto.
—Linha Amarela paga né?
—Paga.
—Eu to meio..
—Sem grana né? Eu também. Então? Vamos pela Grajaú?
—Ta.
— Pera aí rapidinho pra eu botar um Cdzinho pra gente ouvir.
Sisok puxou então o CD do Iron Maiden ao vivo no Rock In Rio. Isso por si só poderia parecer algo casual, mas a trilha sonora seria parte marcante da viagem.
—Cê curte Thiagão?
—Não conheço muito.
Depois dessa minha frase, passei a conhecer, seguimos a toda para a estrada Grajaú—Jacarepaguá e para quem não conhece, é uma estrada que fica em uma serra, com curvas dignas de belas capotagens, e eu que até então mal passava dos
Chegando no Grajaú, nos deparamos com talvez um dos maiores engarrafamentos que o Rio de Janeiro já teve. A impressão é que todos os cidadãos da cidade sabendo que o Sigung estava a caminho resolveram sair de carro todos ao mesmo tempo, e nossa folga no horário, começou a apertar cada vez mais.
Ainda ao som de Iron Maiden e já tensos por não saber se chegariamos a tempo, Sisok começou uma das maiores demonstrações de noção de espaço que eu já vi..rs E em espaços absurdamente estreitos onde eu jurava só passarem motos, ele colocava seu corsa atrás, cortando caminho a toda no meio do engarrafamento.
Na Presidente Vargas, próximos a Candelária, Sisok perguntou:
—Thiagão, você sabe ir pro Aeroporto daqui?
—.............
—Porque eu não lembro...AÊ AMIGÃO!
Sisok abriu a janela e pediu informações a um outro motorista, pegamos então um desvio a direita da igreja e seguimos por mais um engarrafamento. Desta vez era realmente monstruoso, mas Sisok enfiou o carro no meio das fileiras e conseguiu achar espaço..rs e desta vez até mesmo ele riu do feito.
Ninguém poderia acreditar que faltando três minutos pra chegada do Sigung estaríamos estacionando na frente do Santos Dumont e já me sentindo um membro honorário do Emergência 911 ouvi o Sisok dizer:
—Thiagão, fica aqui com o carro que eu vou lá pegar o Sigung.
—Então deixa o documento.
—Não lembro onde está.
—Mas e se a policia perguntar.
—Se vira Thiagão, diz que o Sigung ta chegando.
—............
Sisok saiu em disparada, e finalmente eu desliguei o som do carro. Parei um pouco afastado e fiquei no banco do motorista ainda lembrando do caminho que fizemos a tempo, quando de repente, sinto um objeto de ponta pressionado contra o meu rosto. E ouço:
—Ta vendo? Se fosse um assalto tu já perdia.
Era o Sisok com as chaves de casa. Saí do carro e ele disse que o vôo se atrasaria. Comentou então sobre ser importante não permanecer dentro do veículo quando este estiver estacionado na rua. Ele então voltou , pegou o Sigung, e partimos pro evento, onde Sigung daria uma palestra.
Sigung montava os slides finais
Nossa aventura não parou por aí, neste mesmo final de semana ficamos responsáveis pelos translados do sigung durante o evento, presente do Sifu. Onde no Sábado, dia seguinte, acordo com uma ligação do mesmo Dai Lap Sisok dizendo que eu tinha dez minutos para pegar ele em casa na Freguesia, e mais 10 para chegar a tempo no Hotel na Barra e pegar o Sigung, isso na hora do rush das pessoas que vão pra praia, pois os horários tinham mudado.
—Beleza Thiagão, temos então agora 10 minutos pra pegar o Sigung — Sisok botou o cinto e se acomodou.
—Hoje não temos Iron Maiden.
—Sem problema, confio em você.
Mas essa é uma outra história...