Si Fu fazendo o Siu Nim Tau durante um dos "Hoi Kuen" de nossa Família.
Esse ato, torna público o acesso do aspirante a membro à Família Kung Fu. Ao fundo, observo atentamente. (Rio de Janeiro,2004)
Si Fu doing the Siu Nim Tau for one of the "Hoi Kuen" of our family wich he leads.
This act makes public the access of the aspiring member of the Family Kung Fu. In the background, I was watching carefully. (Rio de Janeiro, 2004)
Certa vez, um homem tocava um tambor numa praça de uma aldeia. Todos os dias ele repetia o mesmo ato. Ao seu lado, uma placa com alguns caracteres chineses dizendo: "Junte-se a mim para mudar o mundo!" . Porém, mesmo tocando com todo o vigor, todos os dias, ninguém se juntava a ele.
Um rapaz que vivia próximo dali, sempre passava por ele de manhã cedo e o via fazer aquilo todos os dias. O rapaz se sentia muito constrangido com a cena, porque imaginava como alguém poderia mudar o mundo tocando um tambor. Certo dia quando passou pelo homem do tambor, ele parou diante dele e disse: "Velho, vejo você tocar tambor aqui todos os dias. Não vê que é perda de tempo e as pessoas estão caçoando de você? " - O homem parou de tocar e ficou olhando o rapaz que prosseguiu: " Eu vou embora desse fim de mundo hoje para a capital! La não haverão malucos como você!" - Assim que o rapaz deu as costas, o homem voltou a tocar o tambor com afinco.
Dez anos se passaram e o rapaz regressou. Ele já havia esquecido do homem do tambor, mas quando parou próximo a sua casa, não pôde acreditar no som que ouvia vindo da praça: o mesmo tambor, o mesmo som, a mesma placa e o mesmo homem agora mais velho.
Um pouco mais maduro, o rapaz entrou em casa, pegou um tambor de sua família usado em celebrações e foi para a praça. Ficou ao lado do homem, e começou a tocar no mesmo ritmo, com o mesmo afinco, sentindo que o homem merecia aquele apoio. Quando o homem fez uma pausa para almoçar,os dois pararam e o homem não dizia uma palavra.O rapaz então lhe disse: "Velho, eu disse pra você! Se passaram dez anos e ninguém se juntou a sua causa! E então? Você conseguiu mudar o mundo?"
O velho parou de comer por um momento, segurou os dois palitos, olhou para o rapaz e disse: "Não, mas se eu tivesse parado, o mundo teria me mudado."
O rapaz se prostrou ao chão tocando os dois joelhos , as duas mãos e a testa. Fez esse gesto três vezes. Levantou-se, pegou o tambor e começou a tocar com mais força ainda. O homem sorriu e continuou almoçando.
Once, there was a man playing a drum in the square of a village. Every day he repeated the same act. Beside him, a plate with some Chinese characters saying "Join me to change the world!" . But even playing with all the vigor every day, no one joined him.
A boy who lived near there, always passed him early in the morning and saw him do it every day. The boy felt very embarrassed at the scene, because imagine how anyone could change the world playing a drum. One day when he passed the man's drum, he stood before him and said, ".Old man, see you drumming here every day do not see that it is a waste of time and people are making fun of you" - The man stopped playing and he stared at the young man and the young man continued, "I'll leave this miserable place today to the capital there will be no crazy people like you!" - As soon as the boy turned his back, the man returned to drum hard.
Ten years have passed and the boy returned. He had already forgotten the drum man, but when he stopped near his home, could not believe the sound he was hearing from the main square: the same drum, the same sound, the same board and the same man now older.
A little more mature, the young man entered his home, took a drum wich his family used in celebrations and went to the square. He stood beside the man, and began playing at the same pace, with the same hard, feeling that the man deserved that support. When the man paused for lunch, they both stopped and the man did not say a word.So, the young man said to him: "Old man, I told you It's been ten years and no one joined your cause!How about that? Do you really think You´ve changed the world? "
The old man stopped eating for a moment, held the two sticks, looked at the young man and said, "No, but If I had Stopped. The world would had changed me."
The boy fell to the ground playing both knees, both hands and forehead. Made this gesture three times. He got up, took the drum and began playing even harder. The man smiled and continued eating lunch.
Na foto, sou eu fazendo o Siu Nim Tau durante o "Hoi Kuen" que deu acesso aos primeiros membros de minha Família Kung Fu. Ao fundo, Si Fu me observa. (Rio de Janeiro, 2016)
In the photo, I'm doing the Siu Nim Tau during the "Hoi Kuen" that gave access to the first members of my Kung Fu Family. In the background, Si Fu watches me. (Rio de Janeiro, 2016)
No último Sábado , o homem que conheci "tocando um tambor" chamado "Ving Tsun",meu Si Fu. Permitiu que eu me transformasse minimamente para assumir a responsabilidade de iniciar minha Família Kung Fu. E essa história do rapaz e do homem do tambor, Si Fu me contou em alguma ocasião em Jacarepaguá, da qual não me recordo. Nem mesmo da razão de ter me contado eu lembro. E duvido muito que ela tenha sido me contada desta forma. Mas no Kung Fu, aprendi que a "forma" não é o mais importante , e sim, o que conseguimos transmitir com o coração.
E por saber disso, entendo que mesmo com minhas limitações, Si Fu me autorizou a iniciar minha Família, e deu sua anuência publicamente quando sentou-se ao meu lado e do de minha noiva na Cerimônia do último Sábado.
Não existe assinatura maior de apoio de um Si Fu para com o trabalho de seu To Dai, do que estar presente no dia-a-dia de sua Família Kung Fu e principalmente em eventos formais..
Last Saturday, the man I met "playing a drum" called "Ving Tsun" , my Si Fu, make me transform myself to take responsibility to start my Kung Fu Family. And this story of the boy and the drum man, Si Fu told me a long time ago , but I dont know the reason he told me ,and I doubt very much that it has been told me this way. But in Kung Fu, I learned that the "shape" is not the most important, but rather what we can convey to the heart.
And know this, I understand that even with my limitations, Si Fu allowed me to start my own family, and gave his consent publicly when sat next to me and my fianceé on the last Saturday ceremony.
There is no greater sign of support of a Si Fu to the work of his To Dai than to be present on the day to day of his disciple´s Kung Fu Family and especially at formal events ..
Convido a todos para nos próximos dias, lerem como foi a LIII Cerimônia Tradicional do Clã Moy Jo Lei Ou, na qual ocorreu a I Cerimônia Tradicional da Familia Moy Fat Lei.
Uma noite muito especial (foto), na qual contei com o apoio de meus irmãos kung fu, amigos, ex-praticantes, convidados, as Lideranças da Moy Yat Ving Tsun no Rio de Janeiro, minha noiva e meu Si Fu.
Além disso, conhecerem os primeiros membros de Décima Terceira Geração da Linhagem Moy Yat na América Latina.
Espero que vocês me acompanhem agora também, "tocando meu próprio tambor"...
I invite everyone to the next few days, read how was the LIII Traditional Ceremony of Moy Jo Lei Ou Clan, which occurred the I Traditional Ceremony Moy Fat Lei Family.
A very special night (photo), which I counted with the support of my kung fu brothers, friends, former practitioners, invited people, the leaders of the Moy Yat Ving Tsun in Rio de Janeiro, my fiancee and my Si Fu.
Also, know the first members of the Thirteenth Generation of Moy Yat Lineage in Latin America.
I hope you join me now too read about me"playing my own drum" ...
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvt@gmail.com