Agora finalmente esta no ar!
Para quem nao leu aproveite!
Has been some time since I decided to put this article of TRIP MAGAZINE about Moy Yat Ving Tsun on line, but I've always forgotten. Now finally you can read this.
I hope you like it!
(to take a better look on the image, click on it)
By Pyr Marcondes
photos Marcelo Naddeo
Foi porque o corpo da mulher não agüenta porrada como o do homem que uma chinesa chamada Yim Ving Tsun desenvolveu, cerca de 400 anos atrás, um sistema de combate marcial de alta excelência, em que a grande porrada é deixar quieto. A maior vitória que você pode impor ao seu inimigo é não combater com ele.
O sistema ganhou o nome da sua fundadora e o ving tsun se disseminou, primeiro na China, depois no mundo, como a arte da feminilização da guerra. Mais que isso, como um poderoso recurso para o desenvolvimento humano. Seu mais famoso praticante foi Bruce Lee (ver box), mas um de seus mais relevantes difusores contemporâneos, referência internacional, é um palmeirense — Leo Imamura, um brasileiro descendente de japoneses, que prega que “nosso corpo somos nós. Nossa experiência de mundo se dá através dele. Tire-nos os cinco sentidos e o mundo desaparece diante de nós”. Justo.
Mestre Leo Imamura foi morar em Nova York nos anos 80 para aprender do grão-mestre Moy Yat, responsável pela introdução do ving tsun de alta excelência no Ocidente, tudo o que sabe hoje. De volta ao Brasil, montou uma das maiores comunidades internacionais de ving tsun, a Moy Yat Ving Tsun Martial Intelligence, com unidades em várias cidades brasileiras, além de Buenos Aires e Miami (wwwl.myvt.com.br).
De seu tutor, recebeu o título de mestre sênior — só existem 13 no mundo — dessa especialidade do kung fu, que, mesmo tendo nascido como técnica de guerra, não prega a luta. As aulas são individuais, podendo ter até três orientadores por aluno. O contato físico é obviamente inevitável, pois o sistema usa da força do outro praticante, ou ao do inimigo, a seu favor.
Mestre Leo tem bode dos exageros praticados hoje nas academias em nome da cultura do corpo e da falta total de uso da mente e da emoção em certas técnicas ocidentais de trabalho corporal. “Todas essas técnicas ensinam que, se repetirmos intensamente determinados movimentos e modelos, atingiremos a perfeição. Mas nem sempre é assim. O Zico perdeu o pênalti na Copa do México, diante da França, não porque seu corpo não estivesse altamente treinado para bater pênaltis, mas pela sua emoção naquele momento. Outro exemplo. O gesto para andar sobre uma tábua de madeira de 100 metros de comprimento colocada no chão é o mesmo que para atravessá-la sobre um precipício, a centenas de metros de altura. No entanto, a primeira você atravessa fácil, a segunda, provavelmente, nunca. Uma vez mais, essa dificuldade é emocional.”
E complementa: “Os movimentos do nosso corpo reproduzem o dinamismo do Universo, que não é repetitivo. Assim, um movimento nunca é igual a outro. Prefiro a lógica oriental, que relaciona o corpo com o fluxo natural das coisas, em permanente mutação. O ving tsun é sistematizado não através de modelos fixos, mas através da variação, que incorpora a mudança como princípio. É a busca do desenvolvimento humano, integrando mente e corpo, através de ajustes à dinâmica permanente do Universo”.
It was because the woman's body can not take the beating like a Chinese man that a girl named Yim Ving Tsun has developed over 400 years ago, a system of martial combat of high excellence that the great beating movement is leaving quiet.
The greatest victory that you can impose to your enemy is not fighting with him. The system got its name from its founder and ving tsun spread, first in China, then around the world, as the art of feminization of the war. More than that, as a powerful resource for human development. His most famous practitioner is Bruce Lee (see box), but one of its most important contemporary broadcasters, an international benchmark, is a Palmeiras soccer team afficyioned - Leo Imamura, a Brazilian of Japanese descent, who preaches that "our bodies are us. Our experience of the world is through it. Get from us the five senses and the world disappears in front of us." Just.
Master Leo Imamura moved to New York in the 80`s to learn from Grand Master Moy Yat, responsible for introducing the ving tsun of high excellence in the West, everything he knows today. Back in Brazil, set up one of the largest international communities of ving tsun, the Moy Yat Ving Martial Intelligence, with branches in several Brazilian cities, as well as Buenos Aires and Miami (www.myvt.com.br).
From his Master received the title of senior master - there are only 13 in the world - expertise that kung fu, that even having been born as a technique of war, does not preach the fight. Classes are individual and can have up to three instructors per student.
Physical contact is obviously inevitable, because the system uses the strength of the other practitioner, or the enemy in his favor. Mestre Leo dont like the exaggerations in gyms today on behalf of the culture of the body and overall lack of use in mind and emotion in certain Western techniques of body work.
"All of these techniques teach that if we repeat certain movements closely and models, we will reach perfection. But not always. Zico missed a penalty in the World Cup in Mexico against France, not because his body had not been trained in kick a ball during a penalty, but by his emotion at that moment. Another example. The gesture to walk on a wooden plank of 100 feet long placed on the floor is like to cross it on a cliff hundreds of feet high. However, first you go easy, the second, probably never. Again, this difficulty is emotional. "And adds:" The movements of our body reproduce the dynamics of the universe, which is not repetitive. Thus, a movement is never equal to another. I prefer the oriental logic, which links the body with the natural flow of things, constantly changing. The ving tsun is not systematic across models fixed, but by the change, which incorporates the change as a principle. It is the pursuit of human development, integrating mind and body, through adjustments to the ongoing dynamics of the Universe.
Tudo isso é bonito mas inútil, se não puder ser prático. Que valor teria, afinal, uma arte marcial que, num mundo violento, prega a não-violência?
Parte da resposta pode estar num conceito inédito, mesmo dentro do ving tsun, criado por mestre Leo, que recebeu o nome de inteligência marcial. Traduzindo: capacidade de utilização da inteligência estratégica, a partir da experiência do combate simbólico, para potencializar a eficiência das ações pessoais. Mais importante que a técnica é desenvolver a percepção de antecipar a ação do adversário, e, para isso, é preciso aceitar o movimento do outro e integrá-lo ao seu próprio corpo até que passam a ser um só. A ponte usada para unir os corpos leva o nome de “Kiu”.
O ving tsun refina as pessoas, desenvolvendo sua capacidade de interpretar, coerentemente, a sempre dinâmica realidade, tornando-as mais equilibradas, seguras e preparadas para a vida contemporânea. Junto à família, aos amigos ou no ambiente profissional competitivo moderno. Ou, como o próprio mestre prefere situar, “nos primórdios da humanidade, o corpo entrava em stress diante do perigo de um bicho que corria na floresta atrás de você. Era um conjunto de atividades fisiológicas, como maior liberação de adrenalina, aumento da capacidade pulmonar, diminuição dos movimentos peristálticos, contração dos músculos do esfíncter para não liberar fezes... Tudo preparando o corpo para a melhoria de sua atividade física, numa situação extrema. Na vida moderna, você passa pela mesma síndrome, não diante do bicho, mas do chefe, do saldo negativo do banco, dos desafios da concorrência de mercado”. E então, mestre, não dá no mesmo? “Não. Há bilhões de anos, você corria feito um louco do bicho e queimava as toxinas produzidas pelo stress. Hoje, elas ficam lá, armazenadas, te envenenando. Isso provoca um estado negativo de alteração, típico da sociedade contemporânea. Daí você ver as pessoas ‘adrenadas’, irritadas etc., totalmente fora do seu eixo original.”
“Prefiro a lógica oriental que relaciona o corpo com o fluxo natural das coisas, em permanente mutação”
IN REAL LIFE ...
All this is pretty but useless, if not practical. What value would have, after all, a martial art that, in a violent world, preaches non-violence? Part of the answer may be a new concept, even within the ving tsun, created by Master Leo, who was named as martial intelligence . Translation: the ability to use strategic intelligence from the experience of symbolic combat , to maximize the effectiveness of personal actions. More important than the technique is to develop the perception to anticipate the action of the opponent, and for this you have to accept the movement of the other and integrate it into his body until it become one. The bridge used to link the bodies carries the name of "Kiu".
The ving tsun refines people, developing their ability to interpret consistently, the ever dynamic reality, making them more balanced, secure and prepared for life today. Next to family, friends or the modern competitive business environment.
Or, as the master himself prefers place, "in the beggining of humanity, the body went into stress on the danger of an animal that ran into the forest behind you. It was a set of physiological activities, such as increased release of adrenaline, increased lung capacity, decreased peristalsis, contraction of the sphincter muscles not to release stool ...
All of preparing the body for the improvement of their physical activity, in an extreme situation. In modern life, you go through the same syndrome, not before the animal, but in front of your boss or the negative balance of the bank account, the challenges of market competition. "
But master, is not all the same?
"No. Billions of years ago, you ran like a crazy animal and burning the toxins produced by stress. Today, they are there, stored, poisoning you. This causes a negative state of change, typical of contemporary society. Then you see `adrenal' people , so angry., Totally out of their original axis. " "I prefer the logic that links the eastern body with the natural flow of things, constantly changing"
The tex on the page says: " BRUCE LEE,KUNG FU AND PHYSICAL: Bruce Lee was the most famous Ving Tsun practitioner in West.You can say that he was a kung fu master.But notice that Kung Fu is a term that claims all the chinese martial arts, also Ving Tsun. And it means something very interesting:A capacity to effort without physical force. The image that cinema did about Bruce Lee as a strong man, made de people think that his techniques were linked with physical strengh.
Bruce had to create new forms to train Ving Tsun cause in US he didnt have friends to practice with him.
In fact, Ving Tsun dont care about physical strengh to be practice . It understands that sweat is to make unecessary effort and build up your body is to make ir suffer without even reaching a better results as a human been.Sometimes you reach something totally different."
Para esse cenário adverso, mestre Leo sugere: “O corpo é a mais aperfeiçoada ferramenta que a natureza deu para aprendermos sobre a vida. O ving tsun atua nele. A técnica do combate simbólico, idealizada pelo ving tsun, propicia o uso do corpo de uma forma emblemática. Eleva você a um estado alterado de percepção que nenhuma outra técnica corporal atinge. Permite lampejos do que chamamos de experiências significativas. Essas experiências, ao contrário do que se possa supor, não são profundas, mas rasas. Colocam-nos diante das nossas essências básicas mais viscerais. Desde o dia em que o médico deu um tapinha no seu bumbum, na maternidade, você passou a desenvolver camadas e mais camadas que encobrem sua consciência. Sua verdadeira essência está atrás de todas elas. Um dos papéis do ving tsun é tirá-las uma a uma, para que você esteja em contato com seu eixo original permanentemente. É assim que algo que não é luta, mas que se utiliza de técnicas virtuais do combate marcial, conduz você ao mais raso de você mesmo, elevando-o como ser humano. Estamos em contato direto com nosso corpo 24 horas por dia. Por que não usá-lo para uma tomada de consciência de quem realmente somos?”.
O iniciante não precisa de nenhum conhecimento especial para se lançar à prática do ving tsun. O curso possui seis grandes etapas e dura até nove anos. Com o tempo, o praticante é levado a usar de sua intuição para desenvolver movimentos próprios, dentro de uma orientação. A independência é um dos objetivos dessa arte tão suave quanto madura. Boa viagem.
To this adverse scenario, master Leo suggests: "The body is the most refined tool that nature has gave us to learn about life. The ving tsun acts on it. The technique of symbolic fighting, created by the ving tsun, allows the use of the body in a emblematic way . Raises you an altered state of perception that no other body technique achieves. Allows glimpses of what we call meaningful experiences. These experiments, contrary to what people would assume, are not deep, but shallow. They put us in front of our basic essences more visceral. Since the day that the doctor slapped your butt in the hospital, you started to develop layers and layers that cover your consciousness. Its true essence is behind them all. One of the roles of ving tsun is take them one by one, so that you are in touch with their original axle permanently. That's something that is not fight, but that uses techniques of virtual martial combat,that leads you to the shallowest of yourself, taking it as a human being. We are in direct contact with our body 24 hours a day. Why not use it for an awareness of who we really are? ".
The beginner does not need any special knowledge to launch the practice of ving tsun. The course has six main stages and lasts up to nine years. Over time, the practitioner is led to use his intuition to develop proper motions within a guideline. Independence is one of the goals of this art as soft as ripe. Bon voyage.
moyfatlei.myvt@gmail.com
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