Introdução - Mestre Thiago Pereira
Texto - Vitor Sá e Keith Markus
Uma produção - Inside Ving Tsun
Introdução por Mestre Thiago Pereira:
Esse é um artigo especial, pois é a partir dele que vamos inaugurar um novo formato de texto, com os membros vitalícios da Família-Kung Fu da qual sou Líder. Aqui, eles poderão compartilhar suas experiências de “ Vida-Kung Fu“ .
O formato é inspirado na iniciativa de meu Mestre Julio Camacho de incentivar que seus discípulos produzissem registros de Vida-Kung Fu em páginas próprias. Além disso, o formato desta nova coluna, também bebe da fonte das publicações da MARVEL da “SAVAGE TALES“ e “SAVAGE SWORD OF CONAN“ dos anos 70 do meu personagem favorito:“Conan, O barbaro“. Apresentado a mim pelo Mestre Diego Guadelupe. Nestas publicações, Roy Thomas, que é considerado o maior escritor das aventuras do cimério de bronze nos quadrinhos. Apresentava as aventuras de cada edição através de uma introdução do que estava por vir. Nos anos seguintes, sendo seu nome sinônimo de “Conan, O barbaro“. Passou a escrever introduções de republicações destas mesmas aventuras.
Esse tipo de movimento para mim é bem especial, pois para aqueles que acompanham meus relatos nesta página desde 2007, quando estava prestes a me tornar formalmente um discípulo do Mestre Julio Camacho. Agora também poderão vez ou outra, acompanhar relatos de meus próprios discípulos.
Neste primeiro artigo ,vamos acompanhar meu discípulo Vitor Sá através de uma aventura proposta por ele mesmo:“Os Encontros Temáticos Remotos“ chamados de “Jornadas”, conduzidos por membros vitalícios da Família Moy Fat Lei, compartilhando experiências marcantes de Vida Kung Fu . Além disso, a sequencia do texto pelas mãos de Keith Markus. Outro dos meus discípulos, que vivenciou esse marcante momento junto de seu querido Si Hing.
Os ETR´S como costumamos chamar, são instrumentos que favorecem o contato entre os membros da Família Kung Fu, e que floresceram durante a quarentena. Neste ETR Vitor e Keith revisitam o ano de 2017 para falar sobre como foi a experiência do dia em que fizeram sua Cerimonia de Discipulado [BAAI SI].
Boa leitura!
Thiago Pereira - Inside Ving Tsun - Novembro de 2020
Introduction by Mestre Thiago Pereira:
This is a special article, as it is from there that we will inaugurate a new text format, with the special students of the Kung Fu Family of which I am Leader. Here, they will be able to share their “Kung Fu-life“ experiences.
The format is inspired by my Master Julio Camacho's initiative to encourage his disciples to produce Life-Kung Fu records on their own pages. In addition, the format of this new column also draws from the source of MARVEL publications from “SAVAGE TALES“ and “SAVAGE SWORD OF CONAN“ from the 70's of my favorite character: “Conan, The barbarian“. Presented to me by Master Diego Guadelupe. In these publications, Roy Thomas, who is considered the greatest writer of the adventures of the bronze Cimmerian in comics. He presented the adventures of each edition through an introduction to what was to come. In the following years, his name being synonymous with “Conan, The barbarian“. He started to write introductions of republishings of these same adventures.
This type of movement for me is very special, because for those who have followed my reports on this page since 2007, when I was was about to formally become a disciple of Master Julio Camacho . Now you will also be able, at one time or another, to follow reports from my own disciples.
In this first article, we will accompany my disciple Vitor Sá through an adventure proposed by himself: "The Remote Thematic Encounters" called "Journeys", conducted by special students of the Moy Fat Lei Family, sharing remarkable experiences of Kung Fu Life. In addition, the text sequence by the hands of Keith Markus. Another of my disciples, who experienced this remarkable moment with his beloved Si Hing.
ETR´S as we usually call them, are instruments that favor the contact between the members of the Kung Fu Family, and that flourished during the quarantine. In this ETR Vitor and Keith revisit the year 2017 to talk about the experience of the day they did their Discipleship Ceremony [BAAI SI].
Good reading!
Thiago Pereira - Inside Ving Tsun - November 2020
“Jornadas”:
MINHA CERIMONIA DE BAAI SI
C/ MESTRE THIAGO PEREIRA REVISITADA
parte 1
Texto: Vitor Sá Editorial: Mestre Thiago Pereira
“Journeys”:
MY BAAI SI CEREMONY
WITH MASTER THIAGO PEREIRA REVISITED
part 1
Text: Vitor Sá Editorial: Mestre Thiago Pereira
[Um dos slides apresentados por Vitor]
[One of the slides presented by Vitor]
Desde o primeiro momento em que se foi conversado sobre a ideia da série “Jornadas”, uma sequência final de três encontros remotos temáticos, eu me enxerguei apresentando um desses encontros. Quando Si Fu me deu a sugestão para esses encontros serem apresentados em duplas de discípulos, imediatamente pensei em formar uma dupla com meu irmão kung fu Keith Markus.
O tema central do encontro que apresentamos foi “O Primeiro Baai Si da Família Moy Fat Lei”, que ocorreu no ano de 2017 e eu, juntamente com meus irmãos kung fu Keith Markus e Jaqueline Tergolina, fui parte da ocasião me tornando o discípulo número dois de meu Si Fu.
A ideia inicial do encontro remoto temático era narrar, para quem estivesse presente no dia, a nossa experiência na produção da nossa cerimônia de Baai Si e destacar a importância da Família-Kung Fu na época, já que além da cerimônia de discipulado também foi celebrado o aniversário de nosso Si Fu (e a Família-Kung Fu foi fundamental no processo de organização). No entanto, para mim acabou sendo algo que foi muito além do que simplesmente narrar. Com ajuda de meu Si Fu, me foi possível fazer uma verdadeira viagem ao ano de 2017 e me lembrar de todas as coisas boas e todas as adversidades daquele ano.
Si Fu me deu uma sugestão que, sinceramente, mudou toda a apresentação, não para os que assistiram, mas para mim que apresentei: revisitar o ano de 2017 com um outro olhar, com outra perspectiva. Para mim, isso fez uma enorme diferença pois pessoalmente, 2017 foi um ano difícil e eu consegui revisitar este ano de uma forma mais romântica, percebendo quantas adversidades foram superadas e o quanto eu consegui me desenvolver desde então. Em situações como essa, eu sempre lembro de uma pergunta que Si Fu já me fez algumas vezes: “O que você aprendeu com isso?”.
Falando um pouco sobre a apresentação do encontro remoto temático, posso dizer que foi uma noite bastante especial. Eu e Keith ficamos online cerca de uma hora antes do início do encontro, alinhamos toda a apresentação e aguardamos o horário de início e a entrada dos membros que iriam assistir nossa apresentação. Além dos nossos irmãos-kung fu, também contamos com a presença de nosso Si Fu. Além da passagem dos slides com fotografias marcantes do evento de 2017, fiz questão de mostrar objetos importantes como o quadro com meu Nome-Kung Fu por exemplo. Tudo transcorreu facilmente (acabamos, inclusive, estourando um pouco o tempo previsto).
Foi muito especial poder contar com a interação dos Irmãos-Kung Fu que estiveram presentes assistindo a apresentação e termino este texto lembrando de uma colocação feita por Si Fu ao final da apresentação: Si Fu nos parabenizou e destacou que acreditava que nossa apresentação tivesse tocado de alguma forma as pessoas que estiveram presentes. Mas, acima de tudo, posso afirmar que revisitar 2017 (com um olhar renovado) tocou a mim, profundamente.
From the first moment when the idea of the “Journeys” series was discussed, a final sequence of three remote thematic meetings, I found myself presenting one of these meetings. When Si Fu gave me the suggestion for these meetings to be presented in pairs of disciples, I immediately thought of forming a pair with my kung fu brother Keith Markus.
The central theme of the meeting we presented was “The First Baai Si of the Moy Fat Lei Family”, which took place in 2017 and I, together with my kung fu brothers Keith Markus and Jaqueline Tergolina, was part of the occasion becoming the number two disciple of my Si Fu.
The initial idea of the thematic remote meeting was to narrate, for whoever was present on the day, our experience in producing our Baai Si ceremony and to highlight the importance of the Kung Fu Family at the time, since in addition to the discipleship ceremony it was also celebrated the birthday of our Si Fu . However, for me it ended up being something that went far beyond simply narrating. With the help of my Si Fu, I was able to make a real trip to the year 2017 and remember all the good things and all the adversities of that year.
Si Fu gave me a suggestion that, sincerely, changed the whole presentation, not for those who attended, but for me that I presented: revisiting the year 2017 with another look, with another perspective. For me, it made a huge difference because personally, 2017 was a difficult year and I managed to revisit this year in a more romantic way, realizing how many adversities have been overcome and how much I have managed to develop since then. In situations like this, I always remember a question that Si Fu has asked me a few times: “What did you learn from that?”.
Speaking a little about the presentation of the thematic remote meeting, I can say that it was a very special night. Keith and I went online about an hour before the start of the meeting, lined up the whole presentation and waited for the start time and the entrance of the members who would attend our presentation. In addition to our kung fu brothers, we also have the presence of our Si Fu. In addition to the slide show with striking photographs of the 2017 event, I made sure to show important objects like the painting with my name-Kung Fu for example. Everything went smoothly (we even ended up a little over the predicted time).
It was very special to be able to count on the interaction of the -Kung Fu brothers who were present watching the presentation and I end this text remembering a statement made by Si Fu at the end of the presentation: Si Fu congratulated us and pointed out that he believed that our presentation had touched somehow the people who were present. But, above all, I can say that revisiting 2017 (with a renewed look) touched me, deeply.
“Jornadas”:
MINHA CERIMONIA DE BAAI SI
C/ MESTRE THIAGO PEREIRA REVISITADA
parte 2
Texto: Keith Markus Editorial: Mestre Thiago Pereira
“Journeys”:
MY BAAI SI CEREMONY
WITH MASTER THIAGO PEREIRA REVISITED
part 2
Text: Keith Markus Editorial: Mestre Thiago Pereira
[One of the slides presented by Keith Markus]
[One of the slides presented by Keith Markus]
Desde que fui convidado por meu Si Hing Vitor a revisitar o ano de 2017 e preparar uma apresentação em dupla, falando sobre o Baai Si, o aniversário do Si Fu e sobre os acontecimentos daquele ano em geral, senti certa nostalgia, e fiquei animado e pensativo.
O ano de 2016 tinha sido bem intenso para mim, e ao entrar em 2017 eu tinha uma sensação otimista sobre as coisas que estavam por vir. Eu tinhasido adimitido na Família Moy Fat Lei, e a ideia de um dia fazer o Baai Si e tornar-me discípulo, ter o nome na árvore genealógica do Ving Tsun não me saía da mente. Minha expectativa era de que o convite viesse até o ano de 2020, mas ocorreu em 2017 mesmo.
Em um dia normal, após uma prática de sábado, Si Fu me chamou em um canto do saudoso “andar P” do prédio de nosso primeiro Mo Gun.E me fez o convite. Lembro-me de praticamente interrompê-lo dizendo que queria e já estava me preparando. Saí dali com a sensação de um garoto que tira uma nota dez na escola, ainda sem saber em detalhes o que significava “Baai Si”.
A experiência de apresentar juntamente com meu Si Hing essas nuances sobre o ano de 2017 me trouxe uma perspectiva diferente sobre aquele ano tão intenso, com tantas transformações significativas em minha vida. Pude recordar (passar mais uma vez pelo coração, conforme acredito ter aprendido com Si Fu) o processo de dúvida, aprendizado, medo, energia para frente para fazer as coisas acontecerem, e enfim, o alívio e a felicidade de ter chegado inteiro ao final do processo.
Porém, ao reviver tudo isso, só agora pude perceber de fato a importância das pessoas que estavam comigo e com quem eu também estava, Si Hing, Si Je, os Si Suk, e principalmente, Si Fu, com quem compartilhei algumas dificuldades minhas, e em quem me apoiei para me “deixar portar” pelo processo.
Foi gratificante para mim rever o quanto a Família-Kung Fu contribuiu para o evento de forma muito sutil, porém eficaz no resultado.
Para mim, a apresentação ocorreu de forma agradavelmente relaxada, bem diferente do que às vezes acontece com minhas apresentações, nas quais tenho a tendência a conduzir de forma excessivamente séria, quase solene.
Si Hing Vitor e eu entramos online cerca com cerca de uma hora de antecedência, revimos os slides, alinhamos lembranças, rimos um pouco também. Essa sintonia, que aprendemos com Si Fu através do conceito de pré-evento, foi fundamental para o fluxo da apresentação.
Para finalizar, digo que minha convivência na Família Moy Fat Lei, com Si Fu e meus irmãos-Kung Fu me trouxe grande possibilidade de desenvolvimento humano, em cultivar aquela energia que nos impele a seguir em frente, a pensar no próximo ciclo, e a ter frieza para entender que a história se faz no presente.
Since I was invited by my Si Hing Vitor to revisit the year 2017 and prepare a double presentation, talking about Baai Si, Si Fu's birthday and the events of that year in general, I felt a certain nostalgia, and I was excited and thoughtful.
The year 2016 had been very intense for me, and when I entered 2017 I had an optimistic feeling about the things to come. I had been admitted to the Moy Fat Lei Family, and the idea of one day making the Baai Si and becoming a disciple, having the name on the Ving Tsun family tree did not leave my mind. My expectation was that the invitation would come by 2020, but it occurred in 2017.
On a normal day, after a Saturday practice, Si Fu called me in a corner of the nostalgic “floor P” of the building of our first Mo Gun. I remember practically interrupting him saying I wanted to and I was already getting ready. I left there with the feeling of a boy who gets a A in school, still not knowing in detail what “Baai Si” meant.
The experience of presenting these nuances about the year 2017 with my Si Hing brought me a different perspective on that year so intense, with so many significant transformations in my life. I was able to recall (going through the heart again, as I believe I learned from Si Fu) the process of doubt, learning, fear, energy forward to make things happen, and finally, the relief and happiness of having come to the end in one piece of the process.
However, in reliving all of this, only now I really realized the importance of the people who were with me and with whom I was also, Si Hing, Si Je, the Si Suk, and mainly, Si Fu, with whom I shared some of my difficulties, and who I leaned on to “let myself be carried” through the process.
It was gratifying for me to see how much the Kung Fu Family contributed to the event in a very subtle but effective way.
For me, the presentation took place in a pleasantly relaxed way, very different from what sometimes happens with my presentations, in which I tend to conduct in an excessively serious, almost solemn way.
Si Hing Vitor and I went online about an hour in advance, reviewed the slides, lined up memories, laughed a little too. This harmony, which we learned from Si Fu through the pre-event concept, was fundamental to the flow of the presentation.
Finally, I say that my relationship with the Moy Fat Lei Family, with Si Fu and my Kung Fu brothers, brought me a great possibility of human development, in cultivating that energy that impels us to move forward, to think about the next cycle, and to be cool to understand that history is made in the present.
PRÓXIMO ARTIGO DOS MEMBROS
VITALÍCIOS DA FAMÍLIA MOY FAT LEI:
NEXT ARTICLE BY THE
SPECIAL STUDENTS OF MOY FAT LEI FAMILY:
Duas histórias e uma coisa em comum: Experiencias significativas em situações do cotidiano!
Acompanhe o texto do membro vitalício Wellington Souza, sobre seu aprendizado ao tentar mobilizar seu Si Fu a andar de moto. E no divertido texto de Caroline Archanjo. Ela compartilha sobre quando seu Si Fu ensinou-lhe a dançar músicas dos anos 80.
Two stories and one thing in common: Significant experiences in everyday situations!
Follow the text by the special student Wellington Souza, about his learning while trying to mobilize his Si Fu to ride a motorcycle. And in the amusing text by Caroline Archanjo. She shares about when her Si Fu taught her to dance to 80's music.