Em momentos assim, cada pessoa vai reagir de uma forma diferente. Veja, o que faz alguém se contorcer em dor, pode ser apenas um cisco no olho de outra pessoa. Mas uma coisa geralmente temos em comum: Colocar a culpa no destino ou na vida , ou seja lá no que for... Mas não conseguimos nos ver como parte do problema que nos acomete....
Outro fato curioso, é que quando estamos vivendo um momento difícil, se torna muito simples nos desfazermos e desacreditarmos de todo o nosso potencial. E quando alguém nos lembra do que somos capazes, de que ainda não é o fim... Sorrimos para essa pessoa, mas no fundo , não acreditamos em uma palavra que ela nos disse...
Na noite do meu aniversário em 2010, ouvi as seguintes palavras de Si Suk Ursula, minha Gaai Siu Yan de Baai Si:
This photo was taken at my surprise birthday party at Mo Gun in October 2010. It was a rainy night of Tuesday Si Fu, Si Suk Ursula and many important Kung Fu brothers were there. Despite all that apparatus it was not being an easy time for me. In fact, it is common to hear: "Yeah... Today was a hard day!" - In my case it was more than a day. The year was being a little more than difficult ... I would say, verging on the unbearable.
At such times, each person will react differently. See, what makes someone writhe in pain, may be just a speck in someone else's eye. But one thing we usually have in common: Put it on fate or life, or whatever in it is ... But we can not see ourselves as part of the problem that affects us ....
Another curious fact is that when we are experiencing a difficult time, it becomes very easy to undo and do not believe anymore in our full potential. And when someone reminds us of what we are capable or that is not the end ... We smile to that person, but deep down, we do not believe a word he told us ...
On the night of my birthday in 2010, I heard the following words of Si Suk Ursula, my Gaai Siu Yan of Baai Si:
Você não deveria desistir do Ving Tsun
You should not quit Ving Tsun
É, acho que isso acabou nos acostumando mal...
Stallone started in "Rocky"(1976) a trend that was the training scenes with a hard rock music in the background. Were martial arts movies or any film in which the protagonist decides he will overcome an obstacle, The music starts to play, and we see the character wandering exercise, having trouble running it, but over the music, he will get better and better and in three minutes or less he is ready ...
But life is not like that ...
Em Abril de 2011, eu coordenava a primeira sessão de Ving Tsun (foto) na sala que viria a ser o Núcleo Méier. Com apenas um quadro e um suporte, algumas cadeiras, uma mesa do escritório de um irmão Kung Fu, e muita força de vontade, começava ali um novo momento. Porém, não tocou uma música para mim... Essa passagem de tempo, não durou três minutos... Não...
Eu aprendi que precisamos passar por algumas coisas para crescermos e percebi a sorte que tinha por ter um Si Fu e uma Si Suk ao meu lado nesses momentos, pois tudo o que me disseram começava a fazer sentido finalmente. Porque pisando ali naquela sala, eu mesmo não podia acreditar que era possível estar ali... Mas eu estava, era real.
In April 2011, I coordinated the first session of Ving Tsun (photo) in the room that was to become the MYVT Meier School. With only a white board its and support, some chairs, and an office desk of a brother Kung Fu, and a lot of willpower, there began a new moment. But did not play a song for me ... This passage of time did not last three minutes ... No ...
I learned that we need to go through some things to grow and realized how lucky I was to have a Si Fu and Si Suk next to me in those moments, because everything they told me was beginning to make sense at last. Because stepping there in that room, even I could not believe I could be there ... But I was, That was real.
Quando temos um problema , temos também a tendência de nos voltarmos para dentro, de nos fecharmos e com isso, nos fechamos também para novas possibilidades de sairmos dele. Preferimos a companhia de quem diz "Sei como se sente", do que : "E então? O que você acha que dá pra fazer?" ...
Todas as vezes que entro no Mo Gun do Méier(foto) e estou com um problema, lembro do que Si Fu me disse certa vez: "Pereira, se você está com febre eu posso até te ajudar, mas você entende que se eu encostar meu braço no seu, eu não vou sentir a febre em seu lugar? Existem dores que são só nossas, e eu posso até te apoiar , mas nao vou poder sentir no seu lugar. Você vai ter que saber lidar com ela..." - Si Fu fez uma pausa e seguiu: "Sabe, as vezes esquecemos que nascemos sozinhos, e que fazemos alianças ao longo da vida que vão nos trazer benefícios, mas no fundo Pereira, sempre vamos estar sozinhos, pra lidar com nossas próprias questões..."
When we have a problem, we also have a tendency to turn to inside of us and we close with this, we also closed to new possibilities we left it. We prefer the company of those who say "I know how you feel," than, "Well? What do you think you can to do?" ...
Every time I enter the Mo Gun of Meier (photo) and I have a problem, I remember that Si Fu told me once, "Pereira, if you have a fever I can even help you, but you understand that if I touch my arm in yours, I will not feel the fever in your place? There are pains that are only ours, and I can even support you, but I will not be able to feel it in your place. You will have to learn to deal with it ... " - Si Fu paused and continued, "You know, sometimes we forget that we are born alone and we make alliances throughout life that will bring us benefits, but deep Pereira, we will always be alone, to deal with our own issues. .. "
(Foto tirada por Ailton Jordão do primeiro momento de
"Vida Kung Fu" fora do Mo Gun no Méier com Pedro Freire . )
(Photo taken by Ailton Jordao in the first Kung Fu Life
moment outside Meier Mo Gun with him, Pedro and I)
Eu acho que uma pessoa não deveria parar com a prática do Ving Tsun quando as coisas se complicam. Eu acho que ela deveria fazer uso dele para encontrar a solução . Porém, se o Kung Fu está no Mo Gun e o problema é falta de tempo, como fazer? Se o problema é dinheiro, como pagar? Se o problema é emocional, como encontrar forças para chegar até lá?
Bom, de todos os clichês de artes marciais, posso dizer que nenhum está mais certo do que "Você é seu maior adversário". - Ninguém, vai te sabotar tanto quanto você mesmo. E isso inclui a sua prática . Seus primeiros cinco pensamentos serão todos boas desculpas para apoiar sua decisão de desistir. Seja do Ving Tsun ou do que for... Eu sei porque também já pensei isso. Mas, a ´única diferença, é que quando você sentar diante do seu Si Fu para comunicar que por conta de um "Problema" precisará se afastar. Pode ter certeza: Ele vai te respeitar mas não vai ser seu cúmplice. Ele vai te respeitar, porque sabe que do fundo do coração, você acredita na justificativa que está dando para seu afastamento. Mas ele não será seu cúmplice porque do fundo do coração dele, ele terá certeza que você não explorou ainda todas as possibilidades...
I think a person should not stop the practice of Ving Tsun when things get complicated. I think this person should make use of it to find the solution. However, if the Kung Fu is in Mo Gun and the problem is lack of time, how do I get time to go? If the problem is money, how to pay? If the problem is emotional, how to find the strength to get there?
Well, of all martial arts cliches, I can say that none is more certain than "You are your greatest enemy." - No one will sabotage you as much as yourself. And that includes your practice. Your first five thoughts are all good excuses to support your decision to quit. Be the Ving Tsun or whatever ... I know because I have also thought that. But the'only difference is that when you sit in front of your Si Fu to announce that due to a "problem" you need to get away. You can be sure: He will respect you but he will not be your accomplice. He will respect you, because he knows that from the heart, you believe in justification that you are giving to your remoteness. But he will not be your accomplice because in his deep heart, he will know for sure that you have not explored all the possibilities ...
On the night of my Master Degree (photo) when Si Fu direct the word to me, Si Fu was moved to say something like: "... Only we know what we faced Thiago ..." - I do not know which episode Si Fu meant, or whether he was talking about all at once. But I can assure that there were numerous "Thiagos", including the 2010's one, which boycotted me in every way that I did not live a night like this. And I chose to be the Thiago who reached there. And I do not accept to say "I was lucky to choose." No! It was not luck. It was believe in the man standing in front of me and everything he taught me about the fight ... And as I can not "kill" this opponent that is myself, I can only keep fighting. And amid this endless fight, my greatest pride is to have never stopped my practice of Ving Tsun ... Though I have strived a lot to it ... I could never stop ...
Eu não vou te dizer para "Jogar fora todos os meus conselhos e usar filtro-solar"... Eu diria para você não parar... Porque como você poderá aprender a lutar de longe? E por que sozinho se você tem a Família Kung Fu?
Você não deveria parar de praticar...
I will not tell you to "Throw away all my advices and use sunscreen" ... I say to you do not stop ... because how can you learn to fight from far away? And why alone if you have the Kung Fu Family behind you?
You should not quit Ving Tsun...
The Disciple of Master Julio Camacho
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvT@Gmail.com..