sábado, 26 de março de 2016

(Does the Wooden Dummy stuck the Kung Fu of a practitioner?)O Muk Yan Jong trava a jornada de um praticante?



Quando estava começando no Ving Tsun, em nosso Mo Gun em Jacarepaguá, não se podia mexer no Muk Yan Jong se você não estivesse praticando esse Domínio. Por isso, quando numa tarde, Si Fu me conduziu até aquele boneco de madeira do antigo Núcleo Jacarepaguá (que hoje está disposto no Núcleo Copacabana), eu fiquei muito emocionado! "Finalmente era chegada a hora!" ....

When I was starting out in Ving Tsun in our Mo Gun in Jacarepagua, we could not play with the Muk Yan Jong if you were not practicing this domain. So when one afternoon,Si Fu led me to that wooden dummy of the former MYVT Jacarepagua School (which is now provided in Copacabana School), I was thrilled! "Finally it was time!" ....
Esse na foto acima sou eu praticando no Muk Yan Jong em 2002, tentando me entender com ele. Já tinha tido acesso as oito partes da sequência e após um ano praticando, tudo ainda era muito obscuro. E pela qualidade dos meus movimentos nas duas fotos, percebe-se que minha compreensão era baixíssima a respeito do que eu estava fazendo.

This pictured above its me practicing in the Muk Yan Jong in 2002, trying to get along with it. Already had access the eight parts of the sequence and after a year practicing, it was still very dark. And the quality of my movements in the two photos, it is clear that my understanding was very low about what I was doing.
O que muitos praticantes parecem desconhecer, é que o Sistema Ving Tsun possui um Domínio chamado "Mui Fa Jong", que significa "Pilar da Flor de Ameixa". O Mui Fa Jong é o quarto Domínio do Sistema, e nele, temos acessos a dois aparelhos: o boneco de madeira "Muk Yan Jong" e o "Geuk Jong". Um conjunto de pilares presos no chão que chegam sempre a altura do praticante e que podem aparecer em conjuntos de três ou dez postes.

What many practitioners seem to ignore is that the Ving Tsun System has a domain called "Mui Fa Jong", which means "Plum Blossom Pillar". The Mui Fa Jong is the fourth Domain of the System , and in it, we have access to two devices: the wooden dummy "Muk Yan Jong" and "Geuk Jong". A set of stucked pillars on the ground that  may appear in sets of three or ten poles.
Aqui apareço praticando o Geuk Jong numa madrugada de Sexta com Si Gung observado por Si Suk Felipe Soares e Ursula Lima.
O Mui Fa Jong , não está inserido na lógica que chamamos de "mãos livres" como Siu Nim Tau, Cham Kiu e Biu Ji. O Mui Fa Jong trabalha o "Jong Faat". Traduzindo de forma rasteira, podemos perceber que pela primeira vez no Sistema você pratica o Componente Principal (Ou forma) do Domínio com elementos externos ao seu corpo. Por isso, mesmo que você queira praticar sozinho. Ao menos num primeiro momento o Muk Yan Jong será necessário.

Above its me appears practicing Geuk Jong in the early hours of Saturday with Si Gung observed by Si Suk Felipe Soares and Ursula Lima.
The Mui Fa Jong is not inserted in the logic that we call "free hands" like Siu Nim Tau, Cham Kiu and Biu Ji. The Mui Fa Jong works the "Jong Faat". Translating , we can see that for the first time in the system a practice of the Principal Component (or form) of the Domain with external elements to your body. So even if you want to practice alone. At least at first the Muk Yan Jong is required.
(Pedro Freire e Alexandre preparam o Muk Yan Jong do Núcleo Méier)
(Pedro Freire and Alexandre paiting the Mk Yan Jong of Meier School)

Muitos praticantes "travam" nesse Domínio ao meu ver, porque não percebem que estão numa nova trilogia. Uma trilogia que vai sempre lidar com elementos externos, sejam pilares, bastões ou facas. Você nunca mais trabalhará apenas na extensão do seu próprio corpo. E para aqueles que até esse momento do Sistema não alcançaram uma compreensão a respeito da "Dimensão Kung Fu" da prática, terão dificuldades em ver, que nada de novo é apresentado neste Domínio, apenas os "Jiu Sik"(que muitos chamam de "Técnicas") que aprenderam na Trilogia Fundamental realizados em função de um boneco que aparentemente não se move.

Many practitioners 'get stucked' in this domain in my view, because they do not realize they are in a new trilogy. A trilogy that will always deal with external elements as pillars, staffs or knives. You'll never work only to the extent of your own body again. And for those who until this point still  did not reach an understanding about the "Dimension Kung Fu" of the practice,will have difficulty seeing, that nothing new is presented in this domain, only the "Jiu Sik" (which many call " techniques ") they learned in the Fundamental Trilogy according to a Dummy that apparently does not move.
(Esse sou eu passando verniz no Muk Yan Jong que hoje se encontra no Núcleo Copacabana)
(Thats me paiting the Muk Yan Jong wich I learn on and that is now at MYVT Copacabana School)

Quando o praticante chega nesse Domínio, tudo pode parecer muito confuso, pois ele já possui um Kung Fu considerável, mas que carece de entendimento no que se refere a interação com o boneco. Por isso , seu processo neste Domínio se torna penoso e arrastado. Pois com "a xícara sempre cheia" com o que aprendeu no Siu Nim Tau , Cham Kiu e Biu Ji. Não lhe sobra mais espaço para nenhuma tomada de consciência .
Outras vezes, praticantes como eu quando tive acesso a esse Domínio, são verdadeiros bruta-montes que espancam a madeira como se não houvesse amanhã e não percebem a dificuldade num primeiro momento. Mas num belo dia, seu desenvolvimento estagna e ele não entende o motivo.
Em 2009, eu e dois irmãos Kung Fu produzimos o short-movie abaixo que brinca exatamente com as dificuldades de entender como explorar o Boneco de madeira, e tirar dele o conhecimento necessário...

When the practitioner reaches this domain, everything can seem very confusing, because he or she already has a considerable Kung Fu, but he or she lacks understanding regarding the interaction with the dummy. So your process in this domain becomes painful and dragged. Because with an "always full cup" with what he learned in Siu Nim Tau, Cham Kiu and Biu Ji. There is No spare for more room to no awareness.
Other times, practitioners like me when I had access to that domain,  just beat the wood as there is no tomorrow and do not realize the difficulty at first. But one fine day, his development stagnates and he does not understand why.
In 2009, I and two Kung Fu brothers produced a short-movie below that plays exactly the difficulties to understand how to exploit the wooden dummy, and it take the necessary knowledge ...


(Si Fu numa fábrica de Muk Yan Jong no sul da China em su primeira viagem ao país)
(Si Fu at a Wodden Dummy factory in South China during his first trip)

Eu queria compartilhar de alguma forma com vocês um segredo para se tornar cada vez mais proeminente na prática do Muk Yan Jong: Permaneça na Família!
Um belo dia, pode ser amanhã ou daqui a dez anos. Você vai estar no Mo Gun ou em algum lugar que não se sabe onde, e haverá uma pessoa praticando no boneco de madeira, ou uma conversa sobre o tema estará acontecendo. Nesse momento, algo será dito e você compreenderá num nível de profundidade que jamais sonhou. E você não vai entender como. Mas você ficará maravilhado!

I wanted to share with you in any way a secret to become increasingly prominent in the practice of Muk Yan Jong: Stay in the Family!
One day may be tomorrow or in ten years. You will be in Mo Gun or somewhere that does not know where, and there will be a person practicing in the wooden dummy, or a conversation on the topic will be happening. At that point, something will be said and you will understand in a level of depth that ever dreamed. And you will not understand how. But you will be amazed!
(Aqui observo Luciano praticando o Muk Yan Jong enquanto seu filho assiste)
(here I watch Luciano playing the Jong while he son also watches)

O segredo número dois também é muito especial: Desta vez, você estará sozinho cuidando de alguém que está praticando esse Domínio. Dentro de você, a permanente humildade daqueles que sabem que ainda nada sabem de fato estará sempre presente. 
Nesse momento, você coloca todo o seu coração para mobilizar ao máximo essa pessoa a compreender mais e mais seu próprio processo. E então algo mágico vai acontecer: Você vai se perceber tecendo comentários ou propondo dinâmicas a respeito dos "Jiu Sik" da forma, e vai pensar: "Será que falei demais? Bom, até que não foi tão ruim assim... Mas espera! Quando eu aprendi isso que acabei de falar tão bem a respeito?"....

The number two secret is also very special: This time you'll be alone caring for someone who is practicing this domain. Inside you, the permanent humility of those who know they still know nothing will always be present.
At this point, you put your whole heart to mobilize the most of this person to understand more and more his own process. And then something magical happens: You will realize commenting or offering dynamics about the "Jiu Sik" , and will think: "Have I said too much Well, so it was not that bad ... But wait? ! When I learned that I just talk so well about ? "....
Si Gung (foto)  fala do Kung Fu como um processo acumulativo. Si Baak Nataniel , Diretor do Núcleo Brasília , fala a respeito do Kung Fu enquanto um processo de aprender a como aprender. E isso se torna claro, quando você percebe que nos momentos que mais fez força para entender foi quando esteve mais longe. E num dia que você menos espera você entende tudo. 
Sobre a mobilização do Mui Fa Jong dita acima, Si Gung fala disso: "Quando você precisa o Kung Fu está lá".... Por isso você o acha, mas nem ao menos se lembra quando ele chegou até você.

Si Gung (photo) speaks of Kung Fu as an accumulative process. Si Baak Nataniel, Director of the Brasilia School, talks about the Kung Fu as a process of learning how to learn. That becomes clear when you realize that the moments that most struggled to understand was when you were far away. And one day you least expect you understand everything.
On the mobilization of Mui Fa Jong said above, Si Gung talks about it: "When you need the Kung Fu is there" .... So you think, but not even remember when it came to you.
E então vem a lição mais importante que ouvi nos últimos tempos de Si Fu a respeito de como praticar o Domínio Mui Fa Jong, por ocasião do acesso de Pedro Freire(foto) e outros membros a esse Domínio: Si Fu falou sobre a autonomia que esse Domínio proporciona ao praticante. Não cabe mais uma ideia de esperar pelo Si Hing, Si Fu ou quem quer que seja para você aprender. O Muk Yan Jong estará pendurado sempre no Mo Gun aguardando por você. - "É só pegar a chave do Mo Gun, abrir e praticar..." - Disse ele. 
Esse "Investimento paciente", como chama Si Gung, é a chave para que o Kung Fu venha quando você o invocá-lo ou "sumonizá-lo" como diria meu Si Dai e Mestre de jogos de RPG Rodrigo Moreira.rs) . Por isso, a confiança em seu Si Fu é indispensável. Mas afinal, o que na jornada do Ving Tsun não teria a ver com confiar em seu Si Fu?

And then comes the most important lesson I heard recently from Si Fu about how to practice the Domain Mui Fa Jong, at the Pedro Freire (photo)access  and other members of this domain: Si Fu talked about the autonomy that this domain provides for the practitioner. Ypu can not keep the  idea of waiting for your Si Hing, Si Fu or anyone to learn from only. The Muk Yan Jong is always hanging in Mo Gun's wall waiting for you. - "Just get the key to Mo Gun, open and practice ..." - he said.
This "patient investment" as  Si Gung says, is the key to the Kung Fu come when you invoke or  "summon it" as would say my Si Dai and RPG Master Rodrigo Moreirs lol). So, trust in your Si Fu is indispensable. But after all, what in the journey of Ving Tsun would not have to do with trust 
your Si Fu?

Abaixo, eu demonstro a sequência do Muk Yan Jong em 2005.
Below I show the sequence of Muk Yan Jong in 2005!



The Disciple of the Senior Master Julio Camacho;
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvt@gmail.com






quarta-feira, 16 de março de 2016

She saved "Ip Man 3" (Ela salvou "O Grande Mestre 3")

By Thiago Pereira


"O Grande Mestre 3 " é um filme que teve toda a sua pré-produção conturbada com afastamento do diretor, reintegração dele  e vários atrasos. Por conta disso, muitos dos personagens clássicos presentes nos dois primeiros não aparecem no terceiro. Mas não vou dizer quais são para não estragar a experiência de quem ainda não assistiu.
Quando as reportagens e trailers começaram a sair, todos ficaram apreensivos sobre o anúncio do personagem de Bruce Lee no filme, mas principalmente, muitos se perguntaram o que Mike Tyson estava fazendo lá. Mas acredite: Não foi Bruce Lee quem estragou o filme. Nem muito menos Mike Tyson! Para dizer a verdade, Mike Tyson convence no papel de Frank, um chefão do submundo das lutas com apostas.  Apenas uma coisa estraga o filme: O roteiro. Mas também , apenas um personagem o salvou: Cheung Wing Sing interpretada por Lyinn  Hung (Lyinn Xiong).

"Ip Man 3" is a movie that had all its preproduction troubled with removal of the director, his reintegration and several delays. Because of this, many of the classic characters present in the first two do not appear in the third. But I will not say who they are to not spoil the experience of those who have not watched.
When the reviews and trailers began to be released, everyone was apprehensive about Bruce Lee's character ad in the film, but mainly, many wondered what Mike Tyson was doing there. But believe me: It was not Bruce Lee who ruined the film. Much less Mike Tyson! To tell the truth, Mike Tyson is convincing in the role of Frank, a kingpin of the underworld of fights with betting. Only one thing ruins the movie: The script. But, just a character saved the whole movie: Cheung Wing Sing played by Lyinn Hung (Lyinn Xiong).
A atriz não só rouba a cena como também o filme inteiro, já que a única parte forte do roteiro fraquíssimo que resolveu apostar em "lutas impossíveis", motivações clichês e personagens caricatos foi as que a personagem aparece. A personagem da esposa de Ip Man traz um peso a cada cena de forma impressionante.
Donnie Yen está perdido e apagado nesse filme , interpretando o personagem que o consagrou , apelando para cenas e coreografias semelhantes ao dos dois primeiros. Mas seu personagem é salvo pela atuação dessa atriz que interpreta sua esposa.  Pois vemos o relacionamento de Cheung Wing Sing e Ip Man amadurecer e surpreender ao final.

The actress not only steals the scenes as well as the entire movie, since the only strong part of the very weak script that decided to invest in "impossible fights",  cliches motivations and caricatured characters was those when Cheung Wing Sing is envolved. The character of Ip Man's wife brings a weight to each scene impressively.
Donnie Yen is lost  in this film, playing the character that made him famous, calling for repeated scenes and choreographies similar to the first two. But his character is saved by the performance of this actress who plays his wife. For we see the relationship of Cheung Wing Sing and Ip Man that is mature and surprise at the end.
Para aqueles que conhecem o "Círculo Marcial"(Mo Lam), entendem o quanto muitas vezes é difícil para o companheiro do/da Si Fu entender toda a dedicação necessária que esta posição requer. E se no primeiro filme da franquia vemos a personagem Cheung Wing Sing como uma jovem "reclamona" do marido aficionado por artes marciais vivendo tranquilamente em Faat Saan (Fo Shan), no segundo após tantas dificuldades, vemos um crescimento da personagem que junto de Ip Man tentará sobreviver e criar seus filhos em Hong Kong enquanto o marido se estabelece no "Mo Lam" local.
Já no terceiro filme , estabelecidos a nova realidade, Cheung Wing Sing se mostra muito mais madura em relação a Ip Man, e aqueles que vivem esse dia-a-dia podem se identificar com várias passagens entre os dois a respeito de problemas causados ao casal pelo envolvimento de Ip Man com o círculo marcial , e também esquecimento de Ip Man a respeito de compromissos marcados com sua esposa. E como Ip Man precisa entender a como transitar nos dois mundos sem perder a sua esposa e sem deixar de lado o "Mo Lam".

For those who know the "Marcial Circle" (Mo Lam), they understand how it is often difficult for the partner of a Si Fu understand all the necessary dedication that this position requires. And if the first franchise of the film we see the character Cheung Wing-sing as a young "complainer" of her husband martial arts while she is quietly living in Faat Saan (Fo Shan), the second movie, after so many difficulties, we see a growth of the character who with Ip Man tries to survive and raise their children in Hong Kong while the husband is trying to be established in the local "Mo Lam".
In the third film, established in this new reality, Cheung Wing Sing shown much more mature compared to Ip Man, and those who live this day to day can identify with several passages between the two about the problemsbecause of the involvement of Ip Man with martial circle, and also  Ip Man forgetting regarding appointments with his wife. And as Ip Man needs to understand how to move in both worlds without losing his wife and without leaving aside the "Mo Lam".
 Por isso, podemos dizer que apenas um quarto do filme, na verdade toda a parte final é digna de aplausos. Pois trata principalmente da relação de Ip Man com sua esposa. Todo o resto antes disso, tem apenas pequenos momentos de brilhantismo que são justamente os que Cheung Wing Sing está em cena.

So we can say that only a quarter of the film, in fact the whole final part is worthy of applause. For deals primarily with Ip Man's relationship with his wife. Everything else before that, has only small moments of brilliance that are precisely those that Cheung Wing Sing is on the scene.
Por isso, para aqueles que buscam apenas as cenas de luta, posso dizer que estão rápidas como nunca. Mas velocidade não é sinônimo de qualidade. Mas para aqueles que buscavam uma boa história, se identificarão com a relação marido e mulher presente no filme. E aqueles que vivem esse dia-a-dia , sejam um Si Fu ou o companheiro de um Si fu. Este filme é pra vocês!

So, for those who seek only the fight scenes, I can say they are fast as ever. But speed is not synonymous with quality. But for those seeking a good story, they will identify with the husband and wife relationship in this film. And those who live this day to day, being a Si Fu or a partner of a Si fu. This movie is for you!

Por isso , essa atriz salvou "O Grande Mestre  3"

Thats why , this actresss saved "Ip Man 3"

segunda-feira, 14 de março de 2016

Você não deveria desistir do Ving Tsun[You should not quit Ving Tsun]

Essa foto foi tirada na minha festa de aniversário surpresa no Mo Gun em Outubro de 2010. Era uma noite chuvosa de Terça e Si Fu, Si Suk Ursula e muitos irmaos Kung Fu importantes estiveram lá. Apesar de todo aquele aparato, não estava sendo uma época fácil para mim. Na verdade, é comum ouvirmos : "É ... Hoje o dia foi difícil!" - No meu caso era mais que um dia. O ano estava sendo um pouco mais do que difícil...Diria, beirando o insuportável.
Em momentos assim, cada pessoa vai reagir de uma forma diferente. Veja, o que faz alguém se contorcer em dor, pode ser apenas um cisco no olho de outra pessoa. Mas uma coisa geralmente temos em comum: Colocar a culpa no destino ou na vida , ou seja lá no que for... Mas não conseguimos nos ver como parte do problema que nos acomete....
Outro fato curioso, é que quando estamos vivendo um momento difícil, se torna muito simples nos desfazermos e desacreditarmos de todo o nosso potencial. E quando alguém nos lembra do que somos capazes, de que ainda não é o fim... Sorrimos para essa pessoa, mas no fundo , não acreditamos em uma palavra que ela nos disse...  
Na noite do meu aniversário em 2010, ouvi as seguintes palavras de Si Suk Ursula, minha Gaai Siu Yan de Baai Si:

This photo was taken at my surprise birthday party at Mo Gun in October 2010. It was a rainy night of Tuesday Si Fu, Si Suk Ursula and many important Kung Fu brothers were there. Despite all that apparatus it was not being an easy time for me. In fact, it is common to hear: "Yeah... Today was a hard day!" - In my case it was more than a day. The year was being a little more than difficult ... I would say, verging on the unbearable.
At such times, each person will react differently. See, what makes someone writhe in pain, may be just a speck in someone else's eye. But one thing we usually have in common: Put it on fate or life, or whatever in it is ... But we can not see ourselves as part of the problem that affects us ....
Another curious fact is that when we are experiencing a difficult time, it becomes very easy to undo and do not believe anymore in our full potential. And when someone reminds us of what we are capable or that is not the end ... We smile to that person, but deep down, we do not believe a word he told us ...
On the night of my birthday in 2010, I heard the following words of Si Suk Ursula, my Gaai Siu Yan of Baai Si:


Você não deveria desistir do Ving Tsun
You should not quit Ving Tsun

Stallone iniciou em "ROCKY-Um lutador(Rocky, 1976) uma tendência que eram as cenas de treino com uma música de hard rock no fundo . Fossem filmes de artes marciais ou qualquer filme em que o protagonista decide que vai superar um obstáculo , uma música começa a tocar, e vemos o personagem errando os exercícios, tendo dificuldades em executá-lo, mas ao longo da música, ele vai melhorando e melhorando e em três minutos ou menos ele está pronto...
É, acho que isso acabou nos acostumando mal...

Stallone started in "Rocky"(1976) a trend that was the training scenes with a hard rock music in the background. Were martial arts movies or any film in which the protagonist decides he will overcome an obstacle, The music starts to play, and we see the character wandering exercise, having trouble running it, but over the music, he will get better and better and in three minutes or less he is ready ...
But life is not like that ...
Em Abril de 2011, eu coordenava a primeira sessão de Ving Tsun (foto) na sala que viria a ser o Núcleo Méier. Com apenas um quadro e um suporte, algumas cadeiras, uma mesa do escritório de um irmão Kung Fu, e muita força de vontade, começava ali um novo momento. Porém, não tocou uma música para mim... Essa passagem de tempo, não durou três minutos... Não...
Eu aprendi que precisamos passar por algumas coisas para crescermos e percebi a sorte que tinha por ter um Si Fu e uma Si Suk ao meu lado nesses momentos, pois tudo o que me disseram começava a fazer sentido finalmente. Porque pisando ali naquela sala, eu mesmo não podia acreditar que era possível estar ali... Mas eu estava, era real.

In April 2011, I coordinated the first session of Ving Tsun (photo) in the room that was to become the MYVT Meier School. With only a white board its and support, some chairs, and an office desk of a brother Kung Fu, and a lot of willpower, there began a new moment. But did not play a song for me ... This passage of time did not last three minutes ... No ...
I learned that we need to go through some things to grow and realized how lucky I was to have a Si Fu and Si Suk next to me in those moments, because everything they told me was beginning to make sense at last. Because stepping there in that room, even I could not believe I could be there ... But I was, That was real.
Quando temos um problema , temos também a tendência de nos voltarmos para dentro, de nos fecharmos e com isso, nos fechamos também para novas possibilidades de sairmos dele. Preferimos a companhia de quem diz "Sei como se sente", do que : "E então? O que você acha que dá pra fazer?" ...
Todas as vezes que entro no Mo Gun do Méier(foto) e estou com um problema, lembro do que Si Fu me disse certa vez: "Pereira, se você está com febre eu posso até te ajudar, mas você entende que se eu encostar meu braço no seu, eu não vou sentir a febre em seu lugar? Existem dores que são só nossas, e eu posso até te apoiar , mas nao vou poder sentir no seu lugar. Você vai ter que saber lidar com ela..." - Si Fu fez uma pausa e seguiu: "Sabe, as vezes esquecemos que nascemos sozinhos, e que fazemos alianças ao longo da vida que vão nos trazer benefícios, mas no fundo Pereira, sempre vamos estar sozinhos, pra lidar com nossas próprias questões..."

When we have a problem, we also have a tendency to turn to inside of us and we close with this, we also closed to new possibilities we left it. We prefer the company of those who say "I know how you feel," than, "Well? What do you think you can to do?" ...
Every time I enter the Mo Gun of Meier (photo) and I have a problem, I remember that Si Fu told me once, "Pereira, if you have a fever I can even help you, but you understand that if I touch my arm in yours, I will not feel the fever in your place? There are pains that are only ours, and I can even support you, but I will not be able to feel it in your place. You will have to learn to deal with it ... " - Si Fu paused and continued, "You know, sometimes we forget that we are born alone and we make alliances throughout life that will bring us benefits, but deep Pereira, we will always be alone, to deal with our own issues. .. "
(Foto tirada por Ailton Jordão do primeiro momento de 
"Vida Kung Fu" fora do Mo Gun no Méier com Pedro Freire . )
(Photo taken by Ailton Jordao in the first Kung Fu Life 
moment outside Meier Mo Gun with him, Pedro and I)

Eu acho que uma pessoa não deveria parar com a prática do Ving Tsun quando as coisas se complicam. Eu acho que ela deveria fazer uso dele para encontrar a solução . Porém, se o Kung Fu está no Mo Gun e o problema é falta de tempo, como fazer? Se o problema é dinheiro, como pagar? Se o problema é emocional, como encontrar forças para chegar até lá?
Bom, de todos os clichês de artes marciais, posso dizer que nenhum está mais certo do que "Você é seu maior adversário". - Ninguém, vai te sabotar tanto quanto você mesmo. E isso inclui a sua prática . Seus primeiros cinco pensamentos serão todos boas desculpas para apoiar sua decisão de desistir. Seja do Ving Tsun ou do que for...  Eu sei porque também já pensei isso. Mas, a ´única diferença, é que quando você sentar diante do seu Si Fu para comunicar que por conta de um "Problema" precisará se afastar. Pode ter certeza: Ele vai te respeitar mas não vai ser seu cúmplice.  Ele vai te respeitar, porque sabe que do fundo do coração, você acredita na justificativa que está dando para seu afastamento. Mas ele não será seu cúmplice porque do fundo do coração dele, ele terá certeza que você não explorou ainda todas as possibilidades...

I think a person should not stop the practice of Ving Tsun when things get complicated. I think this person should make use of it to find the solution. However, if the Kung Fu is in Mo Gun and the problem is lack of time, how do I get time to go? If the problem is money, how to pay? If the problem is emotional, how to find the strength to get there?
Well, of all martial arts cliches, I can say that none is more certain than "You are your greatest enemy." - No one will sabotage you as much as yourself. And that includes your practice. Your first five thoughts are all good excuses to support your decision to quit. Be the Ving Tsun or whatever ... I know because I have also thought that. But the'only difference is that when you sit in front of your Si Fu to announce that due to a "problem" you need to get away. You can be sure: He will respect you but he will not be your accomplice. He will respect you, because he knows that from the heart, you believe in justification that you are giving to your remoteness. But he will not be your accomplice because in his deep heart, he will know for sure that you have not explored all the possibilities ...
Na noite da minha Titulação de Mestre(foto) ao dirigir a palavra para mim, Si Fu se emocionou ao dizer algo como: "...Só nós sabemos o que passamos Thiago..." - Eu não sei a qual episódio Si Fu se referia, ou se ele estava falando de todos ao mesmo tempo. Mas posso garantir, que houveram inúmeros "Thiagos", incluindo o de 2010, que me boicotaram de todas as formas para que eu não vivesse uma noite como esta. E eu escolhi ser o Thiago que chegou até ali. E eu não aceito dizer "Tive a sorte de escolher". Não, não foi sorte. Foi acreditar no homem de pé a minha frente e em tudo que ele me ensinou sobre luta...  E como não posso "matar" esse adversário que sou, só me resta continuar lutando. E em meio a essa luta sem fim, meu maior orgulho é não ter parado a minha prática de Ving Tsun...  Ainda que eu tenha me esforçado muito pra isso... Eu nunca consegui parar...

On the night of my Master Degree (photo) when Si Fu direct the word to me, Si Fu was moved to say something like: "... Only we know what we faced Thiago ..." - I do not know which episode Si Fu meant, or whether he was talking about all at once. But I can assure that there were numerous "Thiagos", including the 2010's one, which boycotted me in every way that I did not live a night like this. And I chose to be the Thiago who reached there. And I do not accept to say "I was lucky to choose." No! It was not luck. It was believe in the man standing in front of me and everything he taught me about the fight ... And as I can not "kill" this opponent that is myself, I can only keep fighting. And amid this endless fight, my greatest pride is to have never stopped my practice of Ving Tsun ... Though I have strived a lot to it ... I could never stop ...
Eu não vou te dizer para "Jogar fora todos os meus conselhos e usar filtro-solar"...  Eu diria para você não parar... Porque como você poderá aprender a lutar de longe? E por que sozinho se você tem a Família Kung Fu?
Você não deveria parar de praticar...

I will not tell you to "Throw away all my advices and use sunscreen" ... I say to you do not stop ... because how can you learn to fight from far away? And why alone if you have the Kung Fu Family behind you?
You should not quit Ving Tsun...



The Disciple of Master Julio Camacho
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvT@Gmail.com..

sexta-feira, 11 de março de 2016

The day I joined Kung Fu Family (o dia em que entrei na Família Kung Fu)




Minha entrada na Família Kung Fu
When I entered the Kung Fu Family

Meu "apresentador" ("Gaai Siu Yan) foi o meu Si Suk, Mestre Ricardo Queiroz (de branco ao fundo), e na foto acima, eu entrego um Hung Baau (Envelope Vermelho) para Si Fu. Eu tinha apenas 15 anos, e não entendia bem a função do Hung Baau. Com os anos, pude entender que o Hung Baau que você entrega , formalmente, tem dentre outras coisas, a possibilidade de "pagar pelo trabalho que seu Si Fu terá com você" .  - O problema é: Como mensurar isso? Se naquele momento eu pudesse projetar todo o trabalho que dei e continuo dando ao Si Fu, eu não teria condições de entregar um Hung Baau.
Por isso, que essa entrega é simbólica, porém, deve ser compreendida o quanto antes. Para que possamos entender a entrega do Hung Baau como um dispositivo para o desenvolvimento do Kung Fu do praticante.
E ao mesmo tempo, me vem mais uma vez à cabeça as palavras que me chegaram de Si Taai Gung Moy Yat: "Você nunca vai conseguir entregar uma quantidade de Hung Baau suficiente pelo que seu Si Fu fez por você." - Naquela noite eu não tinha a mínima condição de entender essa fala. Hoje eu tenho... Mas ainda não muito..rs

My "Introducer" ( "Gai Siu Yan) was my Si Suk, Master Ricardo Queiroz (wearing white in the background), in the picture above, I give one Hung baau (Red Envelope) to Si Fu. I was only 15, and did not understand the function of Hung baau.  Over the years, I understand that Hung baau you give formally has among other things, the possibility of "pay for the work that your Si Fu will have with you." -. the problem is: How to measure it if at that moment I could not reach all the work I have given and continue giving to Si Fu? I would not be able to give a Hung baau.
So that delivery is symbolic, however, must be understood as soon as possible. In order to understand the delivery of Hung baau as a device for the development of Kung Fu of the practitioner.
At the same time, I once again comes to mind the words that reached me by Si Taai Gung Moy Yat: "You will never be able to give a quantity of Hung baau enough to pay everything you Si Fu has done for you." - That night I did not have the minimum condition to understand this speech. Today I have ... But still not much... 
(Si Fu observa o "Tong Jong" que recebi de presente de minha irmã Kung Fu , 
Paula Gama, em meu aniverário celebrado no Mo Gun)
(Si Fu happy with the present given to me 
by Paula Gama at my b-day at Mo Gun)

Quando praticamos Siu Nim Tau, conseguimos enxergar 180º a nossa frente. Essa parte "clara" do Siu Nim Tau , mas existe todos os outros 180º atrás de nós que não enxergamos. Uma parte "escura" que complementa a clara, mas que desconsideramos como parte do todo.
Estou dizendo isso, porque muito do cuidado que o Si Fu teve comigo nesses anos e que eu percebi, foi apenas o cuidado da parte "clara", a que eu pude ver. Muito mais, foi imperceptível para mim, o que não significa que não existiu, mas que estava apenas numa parte "escura".
O bom de se conviver ao longo dos anos, é dar tempo para que o ciclo mude, e o que estava no escuro venha para a claridade. E que você consiga perceber, quem sabe anos depois, a atenção cuidadosa que seu Si Fu sempre teve com você. Pelo menos é o meu caso...  Ou talvez não seja tão épico assim... Talvez você apenas tenha sido "Burrinho" para entender... Bom.. Parece que esse também pode ser o meu caso..rs

When we practice Siu Nim Tau, we see 180º . This part is the 'bright" one. of the  Siu Nim Tau, but there is all the other 180º behind us we can not see. A "dark part" that complements the "Bright", but we often dont see it  as part of the whole.
I am saying this because so much care that Si Fu had to me these years and I realized it was just the "Bright" part of the caring  that I could see. Much more, was not noticeable to me, which does not mean it did not exist, but that was just in the "dark"..
Good to live with Si Fu over the years, is to give time for the cycle change, and what was in the dark comes to light. And you can understand, perhaps years later, the careful attention that yoour Si Fu always had with you. At least in my case ... Or maybe not as epic as well ... Maybe you have just been "stupid" to understand ... Well .. It seems that this can also be my case...lol
Na foto podemos observar o momento em que faço o "Siu Nim Do" antes de ser aceito na Família. Si Suk Queiroz e Si Fu observam atentamente.
Fiz o melhor que podia, achava que minhas experiências com os "Poom See" do Tae Kwon Do haviam ajudado. E ao final, Si Fu comentou: "Siu Nim Do muito bem feito!" - Dentro de mim senti o regojizo que foi imediatamente interrompido quando Si Fu completou: "Muito bom Queiroz, parabéns!" .
Eu realmente não consegui entender porque ele estava parabenizando Si Suk Queiroz se era eu quem tinha executado. Pra ser bem sincero, lembro que na época também passou pela minha cabeça que a participação dele nem tinha sido tão importante..rs E apenas meu "treino intensivo" que durou até aquela tarde no quintal da minha avó tinha sido eficaz.

In the picture we can see the moment of "Siu Nim Do" before being accepted in the Family. Si Suk Queiroz and Si Fu observe carefully.
I did the best I could, thought my experiences with "Poom See" from Tae Kwon Do had helped. And at the end, Si Fu said: "Siu Nim Do very well done!" - Inside me I felt the rejoicing that was stopped immediately when Si Fu added: "Very good Queiroz, congratulations!" .
I really could not understand why he was congratulating Si Suk Queiroz since  I was the one who had run it. To be honest, I remember that at the time also crossed my mind that his participation was not as important..lol And just my "intensive training" which lasted until the afternoon in the backyard of my grandmother had been effective.
(Foto do primeiro grupo coordenado por mim no Méier 
por ocasião da primeira visita oficial de Si Fu ao recinto)
(Photo of the first group I taught in Meier when Si Fu made his first visit )


Apenas anos depois (foto) , quando assumi a até então "Unidade Méier", que funcionava dentro de uma escola de Dança . Pude perceber que absolutamente tudo que eu propunha como mobilização nas práticas, vinha de alguma lembrança de algum momento com Si Fu : Fosse uma analogia, uma história, etc... Uma habilidade que a técnica não alcança. E com isso, se alguém me visse e achasse bom o que estava sendo feito, daria os parabéns ao Si Fu e não a mim..rs Mas eu entenderia dessa vez.
Por isso, compreendi quando Si Fu me chamou a atenção uma vez, após eu antes de demonstrar um movimento dizer "Olha, faz tempo que não faço isso hein!" - Si Fu disse: "Você nunca deve se desculpar pelo seu Kung Fu. É o que você tem naquele momento, você precisa bancar..."

Only years later (photo), when I took a place to teach in Meier, which operated within a school dance. I realized that absolutely everything that I proposed as mobilization practices, came from some memory of some time with Si Fu:  An analogy, a story, etc ... An ability that the technique does not reach. And with that, if someone saw me and thought good about what was being done, would congratulate Si Fu and not me..lol But I would understand this time.
So, I understood when Si Fu call me once after I before demonstrating a movement said "Look, I did not do that for a long time right?" - Si Fu said: "You should never apologize for your Kung Fu is what you have at that moment, you need to play honestly ...."
Si Fu me conduziu ao antigo painel de membros(foto) no qual prendi minha foto como um membro da Família Kung Fu. E ele disse para mim duas coisas que já escrevi aqui algumas centenas de vezes: "Cada praticante que entra na Família Kung Fu, tem o poder de mudar a sua história. Nunca se esqueça disso." - Si Fu falou outras coisas, mas só consigo me lembrar do que disse por último: "Espero que sua entrada não seja por acaso".

Si Fu led me to the former panel of members (photo) in which held my photo as a member of  Kung Fu Family. And he said to me two things I have written here a few hundred times: "Every practitioner who enters the Kung Fu Family, has the power to change its story. Never forget that.." - Si Fu said other things, but I can only remember what he said last: "I hope that this moment is not by chance."

Tiramos algumas fotos de registro e estava encerrado. Eu mal podia acreditar! Tudo tinha durado cerca de 40 minutos. Algo devia estar errado!
Na época , eu não pude compreender que qualquer marco dentro da jornada de um praticante, são momentos que acontecem antes, durante e depois. Mais uma vez falando em "claro" e "escuro", só conseguimos enxergar a parte do processo que está na claridade, geralmente o "durante" ou "Trans-evento".  Por isso reclamamos de receber o canudo vazio na formatura da faculdade, porque não entendemos o símbolo. Não nos lembramos do que vivemos para estar ali, nem valorizamos aqueles que nos ajudaram, e nem nos preocupamos com o fato de que quando acabar a formatura, seremos mais um grupo de desempregados na área.

We took some photos and finish! I could hardly believe it! It lasted about 40 minutes. Something must be wrong!
At the time, I could not understand that any landmark in the journey of a practitioner,are  moments that happen before, during and after. Again speaking of "bright" and "dark", we can only see the part of the process that is in the light, usually the during the event itself or "Trans-event." 
(A clássica foto fazendo o Siu NiM Do na minha Cerimônia de Admissão observado por Si Suk Ursula, que se tornaria a primeira Mestra de Ving Tsun da International Moy Yat Ving Tsun Federation no mundo todo.  )

(A classic photo making Siu nim Do in my admission ceremony to Kung Fu Family observed by Si Suk Ursula, who would become the first Master of Ving Tsun by International Moy Yat Ving Tsun Federation worldwide.)
Por isso, em conversa com Si Gung (foto) junto de meu irmão Kung Fu Fabiosa a respeito do ultimo evento que aconteceu no Rio , ele nos disse algo muito importante: "Existe um provérbio chinês que diz: 'Um dia, uma vida' . Se nós entendermos realmente os processos que vivemos, conseguirmos enxergar as oportunidade que perdemos o tempo todo... Um dia é o suficiente. Não precisa de mais... Um dia, uma vida..."

Therefore, in conversation with Si Gung (photo) with my  Kung Fu brother  Fabiosa about the last event held in Rio, he told us something very important: "There is a Chinese proverb that says: 'One day, one life' . If we really understand the processes that we live, we can see the opportunities that we have lost all the time ... One day is enough. you do not need more ... One day... One  life ... "



The Disciple of Master Julio Camacho
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvt@gmail.com

quarta-feira, 9 de março de 2016

Knives practice at MYVT Meier School with Si Gung [Prática com facas no Núcleo Méier com Si Gung]

No filme "O profissional"(The Professional,1994) , Jean Reno interpreta Leon, um assassino a preço fixo que logo na primeira sequência do filme promove uma matança num hotel. Ele acaba se envolvendo com uma menina interpretada por Natalie Portman que pede para que ele a ensine a ser também uma assassina para se vingar daqueles que mataram sua família.
Leon (Jean Reno) compra um rifle de sniper para começar o treino, o homem que vende pergunta a ele, o que um assassino de seu calibre, faz com uma arma de amador. Isso causa estranheza no espectador , mas logo entendemos que o rifle de sniper permite com que o assassino fique a uma distância extremamente segura do alvo(foto).
Durante esse primeiro treino, a menina questiona Leon sobre quando usará facas. Leon faz uma pausa e responde: "As facas são a última arma que você vai aprender". - A menina questiona novamente a razão disso, e ele responde: "Porque você tem que estar bem perto para usá-las"....

In the film "The Professional" ( 1994), Jean Reno plays Leon, a professional assassin at a fixed price that on the first sequence of the film promotes a killing in a hotel. He gets involved with a girl played by Natalie Portman who asks him to teach her to be a killer to avenge those who killed her family.
Leon (Jean Reno) buy a sniper rifle to get the training, the man who sells asks him, what an assassin of his caliber, would make with an amateur weapon. This is strange for the viewer, but soon realize that the sniper rifle allows that the killer be an extremely safe distance from the target (photo).
During this first practice, the girl questions about when Leon will let her  use knives. Leon pauses and says, "The knives are the last weapon you will learn." - The girl questions the reason again, and he replies, "Because you have to be close to use them" ....



Prática com facas no Núcleo Méier com Si Gung
Knives practice at MYVT Meier School with Si Gung

Si Gung(foto) sempre enfatiza que o "Baat Jaam Do" do Ving Tsun, nunca foi uma arma para se lutar, e sim para matar. Segundo ele, a natureza das facas está de acordo com a capacidade de quem as manuseia se aproximar e usá-las de forma que não sobre espaço para reação. Por isso, ele diz que são armas de assassinos. E por isso também , ele nos ensina a tratá-las com respeito e cuidado devido a energia dessa natureza que ela carrega, segundo a cultura clássica chinesa.
O "Baat Jaam Do" do Ving Tsun pode ser praticado em dois momentos diferentes, sendo no primeiro, aconselhável o uso de facas de madeira ou outro material como o da foto que não represente um risco para quem as porte.

Si Gung (photo) always emphasizes that "Baat Jaam Do" of Ving Tsun, was never a weapon to fight, but to kill. According to him, the nature of the knives is in accordance with the capacity of who handles approach and use them so that you have no room for reaction. So he says those are weapons of assassins. And so too, he teaches us to treat them with respect and care due to power such that it carries, according to classical Chinese culture.
The "Baat Jaam Do" of Ving Tsun can be practiced in two different times, with the first, advisable to use wooden knives or other material as in the photo which does not put a risk for whom use it.
Você pode estar se perguntando da razão de usarmos ferramentas tão "pesadas" para a prática do Kung Fu que sempre é vinculada a algo mais tranquilo pelos que procuram num primeiro momento. Tendo em vista inclusive que não se pode portar uma faca na rua e muito menos usá-la contra alguém. Mas não estamos praticando para usá-la contra outras pessoas, e sim , nos entendermos melhor através delas.
Quando por exemplo, usamos apenas nosso próprio corpo para interagir com alguém numa prática marcial, corremos certos riscos, mas estes não incluem o risco de ser cortado ou furado por um objeto cortante ou ainda que não seja de fato cortante como uma réplica de outro material, mas que simbolicamente represente esta natureza.  Usando estas ferramentas , precisamos estar mais atentos , pois se num primeiro momento alguém te ataca e você usa seus membros superiores para aparar o movimento, se este mesmo alguém usa um elemento de natureza cortante e perfurante em suas mãos, se a abordagem for a mesma, provavelmente seu braço vai junto.

You may be wondering the reason we use tools as "heavy", "dangerous", etc... for the practice of Kung Fu which is always linked to something more quiet by looking at first. Also because  of one can not carry a knife on the street, much less use it against someone(at least in Brazil). 
But we are not practicing to use it against others, and yes, we understand each other better through them.
When for example, only use our own body to interact with someone in a martial practice, we run certain risks, but these do not include the risk of being cut or punctured by a sharp object or it is not cutting it as a replica of another material but symbolically represents this nature. Using these tools, we need to be more attentive because if at first someone attacks you and you use your upper body to trim the movement, this same someone uses an element of cutting and perforating nature in your hands, if the approach is the same probably your arm will be cut away.
Naquela mesma tarde, os praticantes seniors usaram facas de metal como vemos um dos pares na mão de Si Gung que explica o trabalho a ser feito a seguir a Asad(foto) , discípulo de Si Suk Ricardo Queiroz, e aos demais presentes.
Comemos armados todos os dias à mesa com facas e mal percebemos. Certa vez enquanto jantava com Si Fu, parei de comer para falar com ele , e enquanto falava apontava sem perceber a faca que estava em minha mão. Com a ponta do dedo indicador e sorrindo ele a empurrou de volta e disse: "Não se aponta faca para ninguém..."
Ele havia solicitado a mim e ao meu irmão Kung Fu Vladimir em nosso primeiro dia de prática do Baat Jaam Do que nunca "brincássemos" com as facas, apontássemos sem necessidade, ou usassemos elas enquanto gesticulássemos , dentre outras recomendações. Porém infelizmente, não consegui transportar isso para o dia-a-dia. Ao menos, não naquele jantar.

That same afternoon, the senior practitioners use metal knives as we see a couple on hand of Si Gung explaining work to be done to Asad (photo), a disciple of Si Suk Ricardo Queiroz, and the others present.
We eat every day using weapons at the table with knives and barely noticed. Once while dining with Si Fu, I stopped eating to talk to him, and as I spoke without realizing pointed the knife that was in my hand to him. With the tip of the index finger and smiling he pushed back and said, "Do not point a knife to anyone ..."
He had asked me and my Kung Fu Brother Vladimir on our first day of practice of Baat Jaam Do for us never play as kids with the knives, never point it to anyone while talking, , among other recommendations. But unfortunately, I could not carry it for the day-to-day. At least not at that dinner.
Foi muito impressionante para todos os presentes mais uma vez presenciar o carisma, a altivez na fala e claro, a habilidade de Si Gung para trazer a atenção de um grupo para os mínimos detalhes do que se está sendo estudado.  E acredite , tudo isso com dois simples trabalhos: Primeiro, aprender a como passar o par de facas para o companheiro e segundo , tentar tomá-las das mãos do adversário com um toque prolongado inicial.

It was very impressive to all present once again witness the charisma, the haughtiness of speech and of course the Si Gung ability to bring the attention of a group to the smallest details of what is being studied. And believe me, all this with two simple jobs: First, learn how to move the pair of knives between you and your partner,and try to take them from the hand of the opponent with an initial prolonged touch.
 Por várias vezes, pratiquei com o Baat Jaam Do nas casas que Si Fu viveu (na foto estou com ele em uma delas).
 Ele sempre nos lembra que em ao longo dos séculos, algum ancestral de nossa árvore genealógica já usou uma faca em alguém e por isso não podemos esquecer a natureza dela. E por isso também , ele aconselha sempre a entrega de um Hung Baau ao final da prática para a pessoa que lhe mobilizou naquele trabalho. Porque , dentre outras razões, você minimamente passou quase uma hora apontando um par de facas para esta pessoa, e se para as facas terem um um potencial de corte é preciso de intenção por detrás, entenda como quiser...
Mas não é bom falar de facas, vamos apenas entender como uma tarde bem bacana com Si Gung no Núcleo Méier...

Several times, I practiced with the Baat Jaam Do at the houses that Si Fu lived (in the photo above I am with him in one of them).
  He always reminds us that in over the centuries, some ancestor of our family tree used a knife to kill someone and so we can not forget its nature. And so too, he always advises the importance to give of a Hung baau in the end of the practice for the person who taught you in that work. Because, among other reasons, you minimally spent almost an hour pointing a pair of knives to this person, and to the knives have an a cutting potential is need intention behind, as you understand ...
But it's not good to talk about knives, let's just understand all this post as a very nice afternoon with Si Gung at MYVT Meier School

The Disciple of Master Julio Camacho 
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvt@gmail.com

quinta-feira, 3 de março de 2016

Visiting Si Fu´s house:[Visita a casa do Si Fu:]

Com cara de bobo, bem mais magro , muito enrolado na faculdade e também muito feliz. Fiz meu Baai Si numa noite de Sábado em 26 de Maio de 2007 (foto). Dentre os que participaram desta cerimônia que no Clã Moy Jo Lei Ou é considerada a mais importante da carreira de um praticante de Kung Fu, estava meu querido irmão Kung Fu mais novo (Si Dai) Vladimir Anchieta(foto).
Ouvi o termo "YAP SAT DAI JI" a primeira vez no início dos anos 2000 durante palestra do Si Gung  no Hotel Flórida na Zona Sul do Rio. Na época, ainda no Cham Kiu, segundo Domínimo do Sistema Ving Tsun, fiquei bem interessado com esse termo, e ao longo dos anos, entendi que: o Yap Sat Dai Ji, é o "Discípulo que adentra o recinto".
Um discípulo(Dai Ji) que tem acesso a uma "sala" que nenhum outro tem. Mas não porque ele é especial ou tecnicamente melhor que os demais, mas sim, porque ele é próximo ao seu Si Fu.
O próprio Si Gung também contou certa vez,que muitos anos atrás, ficava sentado ao lado de seu Si Fu Moy Yat enquanto ele assistia televisão tomando sopa ou comendo algo, sem falar nada, por minutos ou horas. Mas Si Gung afirma veementemente, que só de estar próximo ao seu Si Fu, já estava aprendendo. Mesmo que nada fosse dito, o aprendizado estava sendo passado.
Além disso, poderíamos citar o próprio Chan Wah Shun, que assumiu a farmácia de Leung Jaan quando este se retirou, ou o próprio Si Taai Gung Moy yat que cuidou de seu Si Fu Ip Man quando este ficou doente e vários discípulos e alunos se afastaram.
Por isso hoje, acredito que o "YAP SAT DAI JI" não é um "Posto" ou "ranking", e sim uma condição que vai ser mantida ou não conforme a vida caminha....

With silly face and thinner, too tangled up in college and also very happy. I made my Baai Si on a Saturday night in May 26, 2007 (photo). Among those who participated in this ceremony that the Clan Moy Jo Lei Ou considered the most important moment in a career of a practitioner of Kung Fu, Was my dear Kung Fu younger brother (Si Dai) Vladimir Anchieta (photo).
I heard the term "YAP SAT DAI JI" the first time in the early 2000s during a lecture Si  Gung at the Hotel Florida in the South Zone of Rio. At the time, I was praticing the  Cham Kiu, I was very concerned with this term, and over the years, I realized that: Yap Sat Dai Ji is the "Disciple who enters the room."
A disciple (Dai Ji) that has access to a "room" that no one else has. But not because he is special or technically better than the others, but because he is close to his Si Fu.
Si Gung also told once, many years ago, that he used to sat next to his Si Fu Moy Yat as he watched television eating soup or eating something without saying anything, for minutes or hours. But Si  Gung  says vehemently, just being close to his Si Fu, was already learning. Even if nothing was said, the learning was being passed.
Also, we could cite the very Chan Wah Shun, who took over the pharmacy of Leung Jaan when he withdrew, or own Si Taai Gung Moy yat who took care of his Si Fu Ip Man when he became ill and several disciples and students went away.
So today, I believe the "YAP SAT DAI JI" is not a "ranking", but a condition that will be maintained or not conform life goes ....

Visita a casa do Si Fu:
Visiting Si Fu´s house:

Até hoje, entrei em quatro casas das quais Si Fu(foto),  já viveu. Nas duas primeiras eu só aparecia quando tinha algum problema: "Alô Si Fu! Posso dar um pulo aí?" - Era comum este tipo de ligação. Na última e nesta agora atual, tenho certo orgulho de tê-lo visitado apenas pelo Kung Fu e não por questões pessoais. Não é que acredite que não possa procurá-lo nos momentos difíceis, mas a duras penas entendi um pouco melhor a natureza dessa relação e de como aproveitar os momentos com ele. Credito isso a abertura do Núcleo Méier, que me ajudou a tirar o foco dos meus problemas quando percebi que haviam mais pessoas para cuidar.
Entendo cada vez mais como cuidar melhor delas, eu acabo cuidando de mim também.

To this day, I entered four houses of which my Si Fu(photo) ever lived. In the first two I only used to visit him when I had a problem: "Hello Si Fu! Can I go there?" - It was common for this type of calling . In the last one and at this apartament now, I have some pride to have visited only because of Kung Fu and not for personal reasons. I do not believe you can not search for him in difficult times, but its hard to understand a little better the nature of this relationship and how to enjoy the moments with him. I credit my better understanding to the openning of MYVT Meier School, who helped me get the focus of my problems when I realized there were more people to look after.
I understand more and more how to take better care of them, I end up taking care of me too.
Guilherme Farias , Marcelo Ormond e Claudio Teixeira haviam marcado com Si Fu de encontrá-lo em sua residência. Cada um tinha um assunto diferente a tratar . Eu, que havia tomado café-da-manhã com ele horas antes fui convidado assim como Glauco Gavioli.
Ao chegarmos em sua residência conversamos um pouco sobre a nova gestão que está sendo implementada nos Núcleos dirigidos pelo Clã Moy Jo Lei Ou e pude reencontrar as filhas de meu Si Fu: Julia e Jade (sendo a última a mais velha).

Guilherme Farias, Marcelo Ormond and Claudio Teixeira had a meeting with Si Fu at his residence already. Each had a different subject matter. I, who had taken breakfast in the morning with him hours before I was invited as well Glauco Gavioli.
When we arrived at his home talked a bit about the new management being implemented in the Schools directed by the Clan Moy Jo Lei Ou and I could met the daughters of my Si Fu again: Jade and Julia (the first being the oldest).
Optamos por descer para a área comum do prédio e Marcelo Ormond ficou no apartamento consertando a máquina de pinball de Si Fu . Enquanto coordenei uma prática de Cham Kiu entre Glauco e Gui e Si Fu foi conversar com o Claudio Teixeira. Em determinado momento Si Fu(foto) veio observar como o trabalho estava correndo, e fez alguns comentários além de praticar um pouco com Glauco . Sem dúvidas um momento especial.

We chose to go downstairs to the common area of the building and Marcelo Ormond stayed in the apartment repairing Si Fu´s pinball machine.I coordinated a practice of Cham Kiu between Glauco and Gui and Si Fu was talking to the Claudio Teixeira. At one point Si Fu (photo) came to observe how the job was running, and made some comments in addition to practicing a bit with Glauco. No doubt a special moment.
Si Fu ajuda seu discípulo, o Glauco Gavioli a entender melhor o "Seung Siu Sau" ("Resposta com duas mãos") do Chi Sau do Cham Kiu. Guilherme observe atentamente e eu preferi registrar para que o próprio Glauco que tanto contribui com suas fotos para o Clã, possa ter seus momentos também eternizados.
Um Si Fu não precisa ser estereotipado no sentindo de não fazer nada e apenas dizer frases de efeito, da mesma forma, um Si Fu muito atuante o tempo inteiro, não deixa "vazios" a serem preenchidos pelos seus seguidores. Saber dosar essas "aparições" sejam verbais ou técnicas é bem difícil. Pois quando o aluno (To Dai) pratica com um irmão Kung Fu mais velho (Si Hing) ou o seu "Tio Kung Fu mais novo" (Si Suk) ele permite que a relação Si Fu-To Dai (Mestre -Discípulo) seja resguardada e que num momento como esse registrado na foto, tenha um impacto muito maior do que teria se o fato de fazer as práticas com seu Si Fu, fosse comum para Glauco.

Si Fu helps his disciple,  Glauco Gavioli to better understand the "Seung Siu Sau" ("Answer with two hands") from Chi Sau of Cham Kiu. Guilherme watched carefully and I preferred to register for the Glauco who contributed taking photos to the clan, can have his moments also eternalized.
A Si Fu does not have to be typecast in the feeling of doing nothing and just say catchphrases, or a Si Fu being active all the time, does not leave "emptyness" to be filled by his followers. Knowing the exactly quantitate of these "appearances" , verbal or physically, is very difficult. So when the student (To Dai) practices with an older Kung Fu Brother(Si Hing) or his " Younger Kung Fu Uncle" (Si Suk) it allows the Si Fu -To Dai (Master -Disciple) is sheltered and that at a time like this registered in the picture, has a much greater impact than it would if the fact of doing practices with his Si Fu,  was common for Glauco.
Existem discípulos que nunca ou raramente encontram o Si Fu. Eles continuam sendo discípulos, mas como o Si Fu disse uma vez: "... O Kung Fu está no Mo Gun..." - Existem discípulos que frequentam o Mo Gun , mas como ouvi Si Fu dizer uma vez a um To Dai: " A gente nunca almoça junto. É importante que a gente se veja mais, inclusive fora do Mo Gun..."
E existiu nosso grupo naquela tarde (foto). Ninguém nessa foto adentrou nenhum comodo além dos demais presentes.  Mas para o discípulo que não vai ao Mo Gun, aquele que ao menos o frequenta é um "YAP SAT DAI JI" para o primeiro. Para nós que estivemos na casa do nosso Si Fu , somos "YAP SAT DAI JI" para aqueles que apenas frequentam o Mo Gun... - Talvez existam várias camadas dessa relação, mas para mim tem sido importante entender que muitas vezes você quer estar junto e não deve ou não pode. Outras, você quer, você pode, mas não deve, talvez por conta de um compromisso mais urgente. Em outras, você queria, você deveria, mas já não pode mais.
Por isso, acredito na importância de se dedicar apenas a pensar uma vez além da primeira que geralmente é uma desculpa para não ir, não estar ou não poder. Porque quem sabe nesse segundo pensamento, você descubra que você quer, você pode e você inclusive deve, explorar melhor essa relação...

There are disciples who never or rarely meet the Si Fu. They remain disciples, but as Si Fu once said: "... Kung Fu is at the Mo Gun ..." - There are disciples who attend Mo Gun, but as I heard Si Fu once say once to a  To Dai: "we never eat lunch together is important for us to see more each other, even outside of the Mo Gun ...."
And there was our group that afternoon (photo). No one in this picture entered any room in  addition to other people there. But the disciple who does not attend the Mo Gun, the one who attends at least t is a "YAP SAT DAI JI" to the first. For us who were in the house of our Si Fu,we  are "YAP SAT DAI JI" for those who just attend the Mo Gun ... - There may be several layers of this relationship, but for me it has been important to understand that sometimes you want to spend time with your Si Fu and must not or can not. Further, you want, you can, but should not, perhaps because of a urgency. Other times, you wanted, you should, but can no longer do it.
Therefore, I believe in the importance of  think once more beyond the first tought which is usually an excuse not to go.. Because who knows that second thought, you find out  you wanted to, you can do it and you even should  do it. Explore further this relationship ...
 A noite contou também com um campeonato improvisado de "Just Dance" organizado pela Julinha (foto)..rs  Suamos a valer enquanto dançávamos sucessos como "What a Feeling" do filme "Flashdance" ..rs É , teve bem mais coisa antes, durante e depois, mas essas histórias eu conto pessoalmente, quem sabe um dia, na minha casa...


The night also featured an  championship  of "Just Dance" organized by little Julia (photo) .. hehe We sweat as we danced hits like "What a Feeling" from the movie "Flashdance" ..lol It had much more things to be told from before, during and after this moment, but these stories I tell in person, maybe one day, in my house ...

The Disciple of Master Julio Camacho
Thiago Pereira "Moy Fat Lei"
moyfatlei.myvt@gmail.com






quarta-feira, 2 de março de 2016

Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny(Review) / "O Tigre e o Dragão 2 : A Espada do Destino" (Resenha)


"O Tigre e o Dragão 2 : A Espada do Destino" (Resenha)
Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny(Review)  
by Thiago Pereira 



Minha ideia era assistir "Boneco do Mal" (The Boy, 2016) na última Sexta, mas então lembrei que "O Tigre e o Dragão 2 : A Espada do Destino" seria lançado naquele mesmo dia na NETFLIX, de forma que eu poderia assistir do conforto do lar. 
É verdade que os trailers não tinham me convencido nem um pouco. A luta aérea na pagoda entre as personagens de Donnie Yen e Jason Scott-Lee haviam me tirado todo o ânimo e apenas uma cena em especial me fez voltar a cogitar que o filme seria bom: A cena do trailer na qual Vaso-Nevado tenta tocar a espada "Destino Verde" e apenas com o cabo Shu Lien a faz recuar como um singelo aviso. 
Coloquei as configurações para Mandarin com legendas em Português BR e o filme então começou...
Ao fundo da primeira cena, a trilha sonora do filme original de 2000 de Tan Dun e Yo-Yo Ma tocou ao fundo e devo confessar que meus olhos ficaram marejados. Não pela cena, mas por tudo que "O Tigre e o Dragão" e sua fantástica trilha sonora representaram em minha vida. Porém, logo após o título a primeira decepção : A voz da atriz Michelle Yeoh narrava algo sobre o "Círculo Marcial" , que na tradução da Netflix virou "Mundo Marcial" , e a legenda não captava. Voltei o filme duas vezes e o mesmo aconteceu. Fui então obrigado a assistir dublado e acredite : A tal cena com a narração ao fundo simplesmente ficou sem som em português!!!
Tenho que admitir que quando Shu Lien surgiu de dentro da carruagem para enfrentar os mal-feitores que a cercaram, meu coração pulou junto! Era como reencontrar um velho amigo! E devo dizer que a dublagem ficou muito bem feita!
A partir dessa cena, posso dizer que começou o calvário deste fã que vos escreve: Se no filme original as locações eram um dos pontos-altos da produção, nesse foi usado tanto chroma-key  que me pergunto se em algum momento os atores realmente deixaram o estúdio! 
Donnie Yen aparece no filme como a personagem "Lobo-Silencioso", e ele realmente traz peso a cada cena que aparece junto de Michelle Yeoh (Shu Lien) . Mas isso não foi o suficiente para cenas copiadas do original, coreografias tão lentas quanto filmes da Shaw Brothers dos anos '70 e o principal: ESTEREÓTIPOS!
Jason Scott-Lee que faz o vilão (Hades Dai) é um desses estereótipos. Sua própria indumentária , que tem uma serpente de ferro saltando de seu protetor peitoral não faz o menor sentido. É como quando você é adolescente e usa uma camisa de uma banda de rock para ser reconhecido como rockeiro. Imaginei ele acordando pela manhã e pensando: "Bom...Vejamos o que um vilão vestiria!" - Sua participação é pífia e infundada. E veja: Já é a segunda vez que u filme com Jason Scott-Lee nos deixa ansiosos e depois nos decepciona: Primeiro com "Dragão - A história de Bruce Lee" e agora com  "O Tigre e o Dragão 2 : A Espada do Destino". 
Mas nada, nem ninguém foi tão prejudicado quanto...

My idea was watching The Boy(2016) last Friday, but then remembered that "Crouching Tiger, Hidden Dragon  2: Sword of Destiny" would be released that very day in NETFLIX, so that I could watch the at the comfort of my fianceé´s home.
It is true that the trailers had not convinced me one bit. The aerial fighting on the pagoda between characters of Donnie Yen and Jason Scott-Lee had taken all heart and only one scene in particular made me re-think the film would be good: The  scene in which Snow-Vase tries to touch the sword "Green Destiny" and only with the handle Shu Lien makes her back as a simple warning.
I put the settings for Mandarin with subtitles in Portuguese BR and the film then began ...
At the bottom of the first scene, the soundtrack of the original film of year 2000 by Tan Dun and Yo-Yo Ma played in the background and I must confess that my eyes were teary. Not because of the scene, but for all that "Crouching Tiger, Hidden Dragon" and its fantastic soundtrack represented in my life. However, after the title the first disappointment: The voice of the actress Michelle Yeoh narrated something about "Martial Circles," which in translation by Netflix turned  to "Martial World", and the subtitle does not captured. I returned the film twice and the same thing happened. I was then forced to watch voiced in portuguese and believe it or not: The scene with such narration in the background simply was no sound in Portuguese !!!
I have to admit that when Shu Lien emerged from the carriage to face the evil-doers that surrounded her, my heart jumped together! It was like meeting again an old friend! And I must say that the voice in portuguese was very well done!
From this scene, I can tell that began the ordeal for this fan who writes to you: The locations of the original movie were one of the main points of that production , but this time was used so many chroma-key I wonder if at some point the actors really left the studio!
Donnie Yen appears in the film as the character "Silent Wolf", and he really brings weight to every scene that appears next to Michelle Yeoh (Shu Lien). But that was not enough to scenes copied from the original, choreographed as slow as the Shaw Brothers films from the '70s and the principal point: Stereotypes!
Jason Scott-Lee who is the villain (Hades Dai) is one of those stereotypes. His own clothing, which has an iron serpent leaping from his chest protector does not make any sense. It's like when you're a teenager and uses a shirt of a rock band to be recognized as a rocker. I imagined him waking up in the morning and thinking, "Well ... Let's see what a villain wears!" - His participation is lackluster and unfounded. And look: This is the second time a movie with Jason Scott-Lee leaves us anxious and then disappoint us: First with "Dragon - The story of Bruce Lee" and now with "Crouching Tiger, Hidden Dragon  2: Sword of Destiny ".
But nothing and no one was hurt as much ...
Yuen Woo Ping, não é apenas "O coreógrafo de Matrix e Kill Bill Vol. 1 e 2" , como o anúncio da NETFLIX vendeu sua participação na produção como autor , diretor e coreógrafo. Ele é o gênio de pérolas como "Snake in the Eagle´s Shadow" no qual não só dirigiu seu pai Simon Yuen (foto) , que eternizaria o tipo que interpretou nessa produção como simplesmente "descobriu o verdadeiro potencial" de Jackie Chan(foto). 
Yuen Woo Ping foi o coreógrafo do filme original , mas nesse, acredito que ele pegou uma bomba assim como Zé Padilha em "ROBOCOP". Pois fiz questão de ver os créditos finais só pra ter certeza da quantidade de produtores e produtores executivos americanos de "O Tigre e o Dragão 2 : A Espada do Destino". Que com certeza, assim como fizeram os de "ROBOCOP" com Zé Padilha, não deixaram muito espaço para a genialidade de Yuen Woo Ping. Uma pena, pois foi a primeira vez que ele, Donnie Yen e Michelle Yeoh estiveram juntos desde "Wing Chun , o filme" (de 1994).

Yuen Woo Ping is not only "The choreographer of The Matrix and Kill Bill Vol. 1 and 2" as the NETFLIX ad sold his stake in production as author, director and choreographer. He is the genius of pearls as "Snake in the Eagle's Shadow" in which not only directed his father Simon Yuen (photo), who made famous forever the type he played in this production as simply "discovered the true potential"of  Jackie Chan (photo )'s career.

Yuen Woo Ping was the choreographer of the original film, but this time, I think he took a bomb as Zé Padilha as director of the new "ROBOCOP". Because I made a point of seeing the end credits of "Crouching Tiger, Hidden Dragon 2: Sword of Destiny."just to make sure the number of producers and executive-producers that were all American   Sure, as they did with "ROBOCOP" and Zé Padilha, not left much room for the genius of Yuen Woo Ping. A pity, because it was the first time he, Donnie Yen and Michelle Yeoh have been together since "Wing Chun, themovie" (1994).
Deixo abaixo, a cena dos créditos de abertura de "Snake in the Eagle´s Shadow"(foto) pois sou fã de Yuen Woo Ping, e é importante que ele não seja lembrado por esse fiasco desrespeitoso com a obra dele e de Ang Lee chamado "O Tigre e o Dragão 2: A Espada do Destino".

I leave below, the scene of the opening credits of "Snake in the Eagle's Shadow" (photo) because I'm a fan of Yuen Woo Ping, and it is important that he is not remembered for this bad and disrespectful work . Nothing close to what he and Ang Lee made in 2000.